ATA DA DÉCIMA SÉTIMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 13-12-2006.
Aos treze dias do mês de
dezembro do ano de dois mil e seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
cinqüenta e oito minutos, foi realizada a chamada, respondida pelos Vereadores
Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Cassiá
Carpes, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Ervino Besson, João Antonio
Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Manuela d'Ávila, Maria Celeste,
Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro,
Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Constatada a existência de
quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Claudio
Sebenelo, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ibsen Pinheiro, Luiz Braz, Margarete
Moraes, Paulo Odone, Professor Garcia e Valdir Caetano. Na ocasião, o Vereador
João Carlos Nedel convidou a todos para missa, a ser realizada hoje, às vinte
horas e trinta minutos, na Paróquia Nossa Senhora do Líbano, em face do
transcurso do trigésimo dia de falecimento ex-Vereador Isaac Ainhorn. Também, o
Senhor Presidente convidou a todos para o jantar-baile de fim de ano deste
Legislativo, programado para hoje, a partir das dezenove horas, nas
dependências desta Casa. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 3ª
Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo no 199/06 e o Projeto de
Resolução no 098/06, este discutido pelo Vereador Adeli Sell. Ainda,
os Vereadores João Antonio Dib, Nereu D'Avila e Carlos Comassetto
manifestaram-se durante o período de Pauta. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a
Vereadora Manuela d’Ávila considerou tendenciosa a matéria publicada hoje no
jornal Zero Hora, em relação à educação universitária brasileira. Nesse
sentido, externou a opinião de que a aplicação de investimentos na área do
ensino de terceiro grau no País se justifica, independentemente de ideologias
políticas, pela importância, para a soberania nacional, da produção de pesquisa
e de conhecimento. O Vereador Sebastião
Melo salientou a relevância da fiscalização exercida por este Legislativo em
relação aos atos do Governo Municipal, analisando problemas existentes no
gerenciamento do lixo na Cidade e ressaltando que essas questões são
decorrentes de administrações anteriores da Prefeitura. Dessa forma, lembrou
notícias de irregularidades nas licitações para o recolhimento do lixo em Porto
Alegre, defendendo a investigação dessas denúncias. O Vereador Ervino Besson
parabenizou o Prefeito José Fogaça pelo desenvolvimento dos programas Água
Certa e Alvará na Hora e pela licitação de lotes remanescentes no Parque
Industrial da Restinga. Ainda, declarou que atualmente há mais integração entre
as Secretarias Municipais e examinou a atuação dos Agentes de Fiscalização de
Trânsito em Porto Alegre. Finalizando, cumprimentou o Sport Club Internacional
pela participação no Campeonato Mundial Interclubes, no Japão. A
Vereadora Sofia Cavedon comentou as gestões realizadas pelos Senhores Darci
Campani e Wilton Araújo no Departamento Municipal de Limpeza Urbana. Nesse
sentido, apoiou a instauração, neste Legislativo, de Comissão Parlamentar de
Inquérito com o objetivo de averiguar denúncias de irregularidades em
procedimentos licitatórios ocorridos nesse Departamento, para contratação de
serviços de coleta de lixo em Porto Alegre. Após, o Senhor Presidente registrou
a presença, neste Plenário, do Professor Waldemar Augusto Rivoire, da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador
José Ismael Heinen corroborou a análise da conjuntura econômica do Estado, hoje
expressa pelo Senhor Paulo Feijó, Vice-Governador eleito, em reunião promovida
pela Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul.
Ainda, elogiou o Prefeito José Fogaça e afirmou que o crescimento da Cidade
exige medidas de regularização fundiária, diminuição do déficit habitacional e
de desenvolvimento do setor de turismo. Às quinze horas e cinqüenta e seis
minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
quinze horas e cinqüenta e nove minutos, constatada a existência de quórum. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Antonio Dib reportou-se aos
pronunciamentos hoje verificados neste Plenário, acerca das gestões do Partido
dos Trabalhadores e do atual Prefeito José Fogaça junto ao Departamento
Municipal de Limpeza Urbana. Sobre o assunto, lembrou que o Senhor Darci
Campani, ex-Diretor-Geral desse Departamento, foi julgado e condenado pelo
Tribunal de Contas do Estado, em face de irregularidades administrativas
praticadas por Sua Senhoria. Em prosseguimento, foi apregoado o Memorando nº 254/06,
firmado pelo Vereador Dr. Goulart, Presidente da Câmara Municipal de Porto
Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa que o Vereador Márcio Bins Ely
se encontra representando externamente este Legislativo em audiência com o
Senador Sérgio Zambiasi, para divulgação do Estatuto da Juventude de Porto Alegre,
hoje, em Brasília – DF. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada
a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Dr.
Goulart, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na
Ordem do Dia, conforme definido pelo Colégio de Líderes. Às dezesseis horas e
dez minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos para realização de
reunião conjunta de Comissões Permanentes, sendo retomados às dezessete horas e
trinta e oito minutos, constatada a existência de quórum. Em continuidade, foi
apregoada a Portaria nº 491/06, por meio da qual o Senhor Presidente designa as
funcionárias Inês Margareth Haffner e Márcia Regina Schwertner, a Vereadora Margarete
Moraes e os Vereadores Luiz Braz, Professor Garcia e Sebastião Melo para
constituírem Grupo de Trabalho com o objetivo de sistematizar e analisar as
Resoluções que instituem Prêmios e Títulos a serem outorgados por este
Legislativo. Às dezessete horas e trinta e nove minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e quarenta e um
minutos. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 170/06, por vinte e sete votos SIM, tendo votado os Vereadores
Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Cassiá
Carpes, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino
Besson, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen,
Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Meneghetti,
Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Professor Garcia,
Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação,
foram aprovados o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 004/06 e a
Emenda nº 01 a ele aposta. Em Renovação de Votação, foram aprovados o Projeto
de Lei do Legislativo nº 112/05 e a Emenda nº 01 a ele aposta. Após, o Senhor
Presidente procedeu à leitura do Parecer emitido pela Comissão de Constituição
e Justiça sobre consulta enviada por Sua Excelência, durante a Décima Quarta
Sessão Extraordinária, acerca da possibilidade de se realizar verificação de
votação para o Projeto de Lei do Legislativo nº 163/05, o qual conclui pela
procedência do Requerimento de verificação de votação, formulado pelo Vereador
Mario Fraga. Também, em face de Questão de Ordem formulada pela Vereadora Sofia
Cavedon, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca da possibilidade de
que seja votado, em Plenário, o Requerimento acima referido, tendo se manifestado
a respeito o Vereador João Antonio Dib. Às dezessete horas e cinqüenta e três
minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
dezessete horas e cinqüenta e quatro minutos, constatada a existência de
quórum. Em prosseguimento, o Vereador Carlos Comassetto procedeu à leitura de
sua Declaração de Voto, contrária ao parecer emitido pela Comissão de Constituição
e Justiça, relativamente à possibilidade de verificação de votação do Projeto
de Lei do Legislativo nº 163/05. Ainda, em face de manifestações e Questões de
Ordem e manifestações formuladas pelos Vereadores Sebastião Melo, Raul Carrion,
Margarete Moraes, Luiz Braz, Mario Fraga, João Antonio Dib, Sofia Cavedon e
Carlos Comassetto, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca do
processo de verificação de votação do Projeto de Lei do Legislativo nº 163/05.
Às dezoito horas e trinta e dois minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às dezoito horas e trinta e três minutos, constatada
a existência de quórum. Em Verificação de Votação, solicitada pelo Vereador
Mario Fraga, foi rejeitado o Projeto de Lei do Legislativo nº 163/05, por dez
votos SIM e quinze votos NÃO, após ter sido aprovado em sua votação simbólica,
ocorrida durante a Décima Quarta Sessão Extraordinária, e encaminhado à votação
pelos Vereadores Margarete Moraes, Paulo Odone, Ibsen Pinheiro, João Antonio
Dib, Adeli Sell, Neuza Canabarro e Claudio Sebenelo, tendo votado Sim os
Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Dr. Raul, João
Antonio Dib, Margarete Moraes, Maria Celeste, Raul Carrion, Sebastião Melo e
Sofia Cavedon e Não os Vereadores Alceu Brasinha, Cassiá Carpes, Claudio
Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Ibsen Pinheiro, João
Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Mario Fraga, Maristela Meneghetti,
Mônica Leal, Neuza Canabarro e Paulo Odone e tendo apresentado Declaração de
Voto os Vereadores João Antonio Dib e Carlos Comassetto, este em nome da
Bancada do PT. Às dezoito horas e cinqüenta e dois minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezoito horas e cinqüenta e três
minutos, constatada a existência de quórum. Em Discussão Geral e Votação, esteve
o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 023/06, o qual teve sua apreciação
suspensa, em face da inexistência de quórum. Na oportunidade, o Vereador Alceu
Brasinha apresentou Requerimento, solicitando o adiamento, por duas Sessões, da
discussão do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 023/06, Requerimento
este posteriormente retirado por Sua Excelência. Também, o Vereador Alceu
Brasinha apresentou Requerimento, solicitando o adiamento, por uma Sessão, da
discussão do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 023/06, Requerimento
este posteriormente retirado por Sua Excelência. Em continuidade, por solicitação
da Vereadora Clênia Maranhão, foi realizada verificação de quórum, constatando-se
a existência do mesmo. Ainda, em face de Questão de Ordem formulada pelo
Vereador João Antonio Dib, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca
do quórum necessário para continuidade da presente Sessão. Às dezoito horas e
cinqüenta e nove minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação
solicitada pelo Vereador Alceu Brasinha, o Senhor Presidente declarou
encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão
Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo
Vereador Dr. Goulart e secretariados pelos Vereadores Professor Garcia e João
Carlos Nedel, este como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Professor Garcia, 2º
Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após aprovada pela
Mesa Diretora, nos termos do artigo 149, parágrafo único, do Regimento, será
assinada pela maioria dos seus integrantes.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
3ª SESSÃO
PROC.
N. 4608/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 199/06, de autoria do
Ver. Luiz Braz, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao
Empresário Jorge Sirena Pereira (Dody Sirena).
PROC. N. 5726/06 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 098/06, de autoria da Mesa Diretora, que concede o Prêmio Mulher em Ação à Senhora Dione Peña Zanatta, na área A Mulher na Educação; à Senhora Neusa Selma Lyrio Heinzelmann, na área A Mulher na Saúde; à Senhora Eva Atanaides Rodrigues, na área A Mulher nos Direitos Humanos, à Senhora Leila Regina Lopes, na área A Mulher na Política, e à Senhora Iara de Fátima Bueno da Rosa, na área A Mulher na Comunidade.
O
SR. PRESIDENTE (Dr.Goulart): O Ver. João Antonio
Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, às 14 horas e 15 minutos eu dizia que a
Pauta me surpreende, que do meio dia até as 14 horas apareceram dois novos
Processos em primeiro dia de Pauta, e que eu não via como seriam resolvidas em
tempo hábil as três Pautas. Mas a Mesa me surpreende, duas Sessões
Extraordinárias, e os 10 Projetos em Pauta estão com a Pauta corrida,
evidentemente alguns deles não irão à Comissão nenhuma, e provavelmente sejam
votados. Mas, de qualquer forma, a Pauta é surpreendente, pois é o momento mais
importante de todas as Sessões, é quando os Vereadores tomam conhecimento - ou
deveriam tomar conhecimento - das matérias que são colocadas para
serem apreciadas e votadas na nossa Casa. É por isso que faço sempre questão de
me inscrever na Pauta, porque assim eu me obrigo a conhecer os projetos que vão
ser apreciados e votados.
Mas hoje eu fui surpreendido de forma
impressionante, eu não imaginava que pudesse ocorrer, mas é regimental, e eu
não posso dizer que haja equívoco. Por isso, Sr. Presidente, Sras e Srs.
Vereadores: Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Nereu
D’Avila está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. NEREU D’AVILA: Sr.
Presidente, Dr. Goulart; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, eu quero discutir em Pauta o Projeto da nobre Verª Mônica
Leal, a respeito de cães. Eu imagino que a nobre Vereadora tenha lido a Lei n°
8.871, de 04 de janeiro de 2002, de autoria deste Vereador, e que a Vereadora
repete. Sobre o art. 1° da Lei de 2002, que tramitou nesta Casa desde 1998 - e
eu fiquei anos aqui discutindo, aprimorando e finalmente concluímos -, essa Lei
de 04 de janeiro de 2002, no art. 1°, diz: “Fica proibida a circulação, em
locais públicos caracterizados por aglomerações populares, de cães considerados
de guarda, de combate ou de outra aptidão, e que se destaquem componentes de
força ou agressividade.” Essa foi uma definição que ficou meses em discussão,
porque, no início, nós tínhamos a redação que a Vereadora agora coloca, citando
cães de raça A, B, C, e a boa técnica legislativa aconselhou a este Vereador a
discussão e o aprimoramento, porque não é boa técnica legislativa a citação de
raças, até porque aqui eu acho que há um equívoco (Lê.): “Art. 142... Parágrafo
único: Os cães da raça American Pit Bull Terrier...” Essa raça pertence
ao Bull Terrier, e o Pit Bull, que é o mais famoso e polêmico, é
da raça American, mas não é o American. Então, além de o Projeto
citar equivocadamente raças, ainda mistura as raças e deixa de fora, talvez, o
principal personagem de toda essa celeuma, que é o Pit Bull, o famoso.
Depois, o Projeto altera o Código Municipal da Saúde, que é de 1996, e que foi
a primeira Lei neste Município a falar em focinheira. Participei de diversos
debates, mais de 40, e, num deles, na Rádio Gaúcha, uma senhora, defensora dos
animais, queria dar a mim a autoria da focinheira; há pessoas que alegam que os
cães ficam impossibilitados de respirar. Eu disse que não era de minha autoria;
a focinheira era de 1996, do art. 142 do Código Municipal da Saúde, que a Vereadora,
neste momento, está modificando. E, no caso da alteração do Código Municipal da
Saúde, a Vereadora está aprimorando, mas também repetindo, genericamente, o que
já está na Lei nº 8.871. O que quer alterar a Vereadora aqui? Diz ela,
alterando o Código da Saúde (Lê.): “Art. 144: “Os danos causados por animais
serão de responsabilidade de seus proprietários, respondendo solidariamente
aqueles a quem foi conferida a guarda, em conformidade com o art. 936 do Código
Civil Brasileiro.” Também, durante os anos que discutimos a questão de como
enquadrar, penal e civilmente, o proprietário do animal agressor, nós,
finalmente, em grande parceria com a Procuradoria-Geral do Município,
conseguimos um dispositivo, porque é inconstitucional aos Vereadores atribuir,
pura e simplesmente, a responsabilidade civil e penal. Isso não existe, mas nós
o fizemos de forma indireta, na Lei nº 8.871, em parceria com a Procuradoria,
que muito nos auxiliou. Diz o art. 4º da Lei nº 8.871 (Lê.): “A vítima terá à
sua disposição o serviço municipal para diagnosticar as conseqüências do ataque
no seu estado de saúde. Parágrafo único: o serviço referido nesse artigo
disporá de profissionais para orientar as vítimas quanto
aos procedimentos a serem adotados para a responsabilização civil e penal dos
proprietários e/ou responsáveis pelos cães agressores.”
Então funciona da
seguinte maneira: o cidadão vitimado por agressão vai à delegacia e faz o
Boletim de Ocorrência; da delegacia, ele leva à Procuradoria Municipal, e a
Procuradoria faz o registro ao Ministério Público, que daí faz a denúncia.
Então é por via indireta, porque diretamente é proibido.
Sim, Ver. João Dib,
V. Exª está tão nervoso! Qual é a novidade?
O Sr. João Antonio
Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Nobre Vereador Nereu D’Avila, V. Exª é um dos mais zelosos cumpridores do
Regimento Interno, e a Pauta, eu disse, surpreendia. O Projeto que V. Exª
discute neste momento não está mais em Pauta, ele terá que ser discutido nas
Comissões. A Presidência não se deu conta de que só há dois projetos na Pauta -
os dois primeiros -, mas V. Exª discutiu muito bem.
O SR. NEREU D’AVILA: O nobre Vereador Dib não esqueceu, infelizmente, o Ato Institucional nº
5, do qual foi partícipe, e quer cassar a minha palavra, Presidente, mas, se V.
Exª referendar a cassação da minha palavra, eu saio da tribuna!
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Não referendo.
O SR. NEREU D’AVILA: Então eu continuo discutindo no teor democrático que finalmente estamos
vivendo.
Quero dizer à Vereadora
- e eu a admiro, e pelos seus 850 mil votos, admiro-a mais ainda - que ela está
repetindo uma lei já existente, que foi percucientemente estudada por quatro
anos nesta Casa e que redundou nos mesmos termos em que V. Exª está, neste
momento, repetindo no Projeto. Então, Vereadora, à exceção de V. Exª citar as
raças - que na nossa Lei vem de forma genérica, mas abrange, no art. 1º, as
raças agressivas, e, evidente, esses animais elencados por V. Exª: American
Pit Bull Terrier, Fila, Rottweiller, Dobermann, Bull Terrier e Dogo Argentino,
são, geneticamente, por vezes, agressivos; então, eles já estão proibidos -, a
única novidade que traz V. Exª - e aí eu aplaudo - é na circulação interna dos
condomínios; realmente, essa parte ficou de fora da nossa Lei.
Outra questão que eu
gostaria de deixar como reflexão a V. Exª - e lamento não dar aparte à eminente
Vereadora - é que V.Exa., depois de nominar as raças, fala em “ou
afins”. Bueno, e aí, afins? Eu não sei que raças são afins. Mas é para
colaborar com a discussão, Verª Mônica Leal. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): A Verª Manuela d’Ávila está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. MANUELA
D’ÁVILA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu sou jornalista de formação e, no meu
curso universitário, sempre debati a democratização dos veículos de
comunicação. Eu acho que nós temos que criar, Ver. João Antonio Dib, mecanismos
para que as interpretações dos fatos sejam colocadas como interpretações dos
fatos, e não como os fatos. Todos os senhores e as senhoras sabem que, durante
o meu mandato, mesmo sendo Vereadora, me dediquei muito ao debate do Ensino
Superior no nosso País, porque tenho, particularmente, a convicção, Verª Neuza,
de que não existe uma contradição entre a educação básica e o Ensino Superior,
e que o Ensino Superior é fundamental para o desenvolvimento do Brasil, pois
nas nossas universidades é onde produzimos conhecimento. E o conhecimento é o
que se agrega em valor àquilo que nós produzimos. E, a partir desse
conhecimento, temos a garantia ou pelo menos a perspectiva de sermos um País
independente, porque não necessitamos das tecnologias criadas pelos outros para
a nossa sobrevivência no mercado internacional.
Mas digo isso, Ver. Dib, porque fiquei muito
chocada com a capa do maior jornal do nosso Estado, que diz que apenas 10,9%
dos jovens entre 18 e 24 anos estão nas universidades. Há muitos anos a taxa é
de 11% dos jovens. Inclusive eu gosto de falar o inverso; eu gosto de falar dos
89% que não estão nas universidades. Mas o que me chocou não foi isso, porque
não é um fato novo, mas é bom que esteja na capa de um jornal. Quando nós
falamos aqui na tribuna nos debates nas universidades, parecemos loucos por
falar que 89% dos jovens estão fora da universidade e se nós formos pegar o
total de brasileiros, 98% - em idade apta e que já ultrapassaram a dita idade
apta - não estão ou não passaram pelo sistema universitário. Mas o que me choca
é que simplesmente nós temos um subtítulo que diz
que há uma frustração nacional. Por que, Ver. Elói? Porque houve uma redução
significativa nas matrículas do Ensino Superior privado do nosso País e uma
ampliação também significativa da abertura das vagas nas universidades públicas
brasileiras. Essa é a interpretação de um fato. Nós, desde sempre, que
defendemos a educação, sabemos que a proporcionalidade entre o ensino privado e
o ensino público no Brasil é inimiga do desenvolvimento nacional, porque 70%
das matrículas estavam nas universidades privadas e apenas 30% nas públicas.
Qual é o problema, Ver. João Dib? Eu sou inimiga das universidades privadas?
Não, me formei na PUC, com muito orgulho, como nós brincamos: “sou filha de uma
PUC”. Agora, objetivamente, essas instituições produzem conhecimento para a
iniciativa privada e não para o Governo, não para que nós, em parceria com o
setor produtivo nacional, sejamos donos do conhecimento em nosso País. Para
alguns – o Ver. Paulo Odone, que hoje está muito inspirado na brincadeira entre
a direita e a esquerda, mas está nesta hora ocupado também, por ter sido eleito
Deputado Estadual, Verª Clênia -, eu diria o seguinte: visão esquerdista. Eu
quero usar um exemplo: o conhecimento produzido nos Estados Unidos da América,
a NASA, por exemplo, é pública; não é privada. Portanto não é uma visão
esquerdista como alguns tentam dizer ou contra a livre iniciativa ou a
iniciativa privada no Ensino Superior. Trata-se de uma questão de soberania
nacional, e nós temos números que devem nos deixar felizes, óbvio, aquela
felicidade tímida dos que querem mais; não dos que estão felizes. Mas nós
termos 13,7% de aumento nas universidades públicas federais, em 2003, e temos
11,5% de crescimento das matrículas nas universidades federais brasileiras,
isso num Governo que começou agora, não pode ser motivo para nos entristecer.
Eu vivi anos na universidade pública e não falo isso do ponto de vista
acusatório, porque era uma visão – eu respeito as diferentes visões e luto para
que elas, se não são as minhas ou do meu campo político, sejam derrotadas, como
foram.
O Ministro Paulo
Renato de Souza - que vai ser meu colega na Câmara Federal, e eu brincava com o
Dep. Alceu Collares que eu falei muito mal dele pelas costas, porque ele era
Ministro e eu era da UNE, agora os dois seremos Deputados, portanto, falarei
mal pela frente -, defendia que a universidade pública não deveria existir;
deveria ter um papel secundário no Brasil, e a universidade privada deveria
crescer e ocupar esse papel ampliando as matrículas. Quem tem,
Ver. João Antonio Dib, um mil e cem reais para pagar, por mês, para uma
universidade privada senão a partir do endividamento, senão a partir de uma
falta de perspectiva profissional, por comprometer os seus vencimentos com o
financiamento privado?
Não é verdade, Ver. Bernardino? Se forem dois
filhos, são 2 mil e 200 reais, num curso mediano; não em um curso de Medicina.
Então eu acho que nós temos que ter, sim,
pensamento crítico com relação ao Ensino Superior brasileiro. Nós temos, sim,
de lutar para que, pelo menos, em perspectiva, 40% a 50% dos jovens estejam no
Ensino Superior brasileiro, combinando público e privado, e uma outra parcela
esteja nas escolas técnicas. Escolas técnicas que Fernando Henrique também
havia, por Decreto, proibido de existirem, mas que agora estão voltando a
aparecer. Essa combinação, eu acredito que nós - pessoas que defendemos a
existência de um Estado que garanta as condições de vida, um Estado que se
desenvolva, que cresça economicamente, que garanta uma distribuição de renda -
temos de saber que essas notícias dadas como más notícias, são, na realidade,
decorrência de um modelo nacional neoliberal que não favorecia o ensino
público, e da troca, da tentativa de uma guinada para um outro lado, que
investe no Ensino Superior público, porque sabe, Ver. Nedel, que o nosso País
só será livre, só será rico e só poderá distribuir renda se produzirmos
conhecimento como produzem, e cito aqui exemplos dos dois lados: Estados
Unidos, Coréia do Sul e China, o grande gigante comunista. Muito obrigada,
boa-tarde a todos.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver.
Sebastião Melo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; colegas Vereadoras, colegas Vereadores, em várias
oportunidades tenho dito, nos espaços da Vereança, que o papel do Legislador,
para mim, aquele que mais tem importância, é o da fiscalização. Eu, quando me
elegi Vereador, em 2000 - tomei posse em 2001 com vários Vereadores que estão
nesta Casa - me enveredei, num dos eixos do mandato, a averiguar a questão do
lixo da cidade de Porto Alegre, do ponto de vista da sua gestão. Eu quero
dizer, Vereadores, que eu encontrei várias irregularidades e eu acho que, no
exercício do mandato, quando você encontra irregularidades, você tem de tomar
atitudes. Eu tomei atitudes: fui ao Tribunal de Contas e protocolei uma
representação pedindo que o Tribunal analisasse as minhas denúncias; levei isso
ao Ministério Público Estadual e à Polícia Civil. E, agora, Ver. Braz, passados
os anos de 2002, 2003, 2004, 2005 - portanto, estou falando de cinco anos -, a
Delegacia Fazendária indiciou vários nomes da gestão anterior, começando pelo
então Diretor-Presidente Darci Campani, pelo Diretor anterior, o Hideraldo
Caron, chegando a funcionários do quadro do DMLU, dizendo que a nossa tese
estava correta.
Entre o indiciamento e a denúncia há uma
distância. Eu não estou dizendo que eles serão denunciados, porque o Juiz pode
receber os autos, abrir vista ao Ministério Público, e o Ministério Público
pode pedir diligências, ou entender que há indícios suficientes para denúncia.
Mas o que eu quero dizer, Ver. João Dib - Vossa
Excelência que me dá uma atenção especialíssima -, é que eu considero essa
questão muito importante, porque, cá para nós, o que diz, o que repete o
relatório da Polícia? Que a Direção anterior do DMLU, quando terminou o
contrato de cinco anos da coleta do lixo, tinha o dever de providenciar uma
concorrência com grande antecipação. Porém, como isso não foi feito, iniciou-se
a contratação de empresas que cobravam valores muito maiores, sendo que o preço
que foi lançado, posteriormente, na concorrência, foi o que venceu. E dou um
exemplo: pagaram-se trinta e nove e poucos reais pelo recolhimento da tonelada
de lixo, e, quando a concorrência foi lançada, ficou estabelecido que o preço
máximo para as empresas que quisessem concorrer seria de trinta e dois e poucos
reais. Quem ganhou, ganhou por vinte e oito e poucos reais. Então, ficou
provado que houve superfaturamento nos contratos emergenciais. E, com isso,
hoje, o administrador tem que devolver aos cofres públicos - e ele está
discutindo na Justiça - mais de um milhão e trezentos mil reais.
Eu queria registrar esse tema, porque os jornais
Zero Hora e Diário Gaúcho de hoje traduzem essa matéria, dizendo, no seu título
(Lê.): “Ex-Diretores do DMLU indiciados pela Polícia”. Cita o nome desses
indiciados, dois ex-Diretores e funcionários do DMLU. Nós estamos aguardando
com muita atenção essa questão por parte do Judiciário - e eu quero dizer que
isso não é de uma Prefeitura apenas, não é de um Estado apenas - porque a
questão do lixo no Brasil tem sido um grande problema diário nas
Administrações. E são contratos que envolvem muitos recursos, são contratos
que, se eles não são os primeiros em valores da Administração, são os segundos.
Se nós olharmos para o Orçamento do DMLU, hoje, são 101 milhões de reais/ano.
Então eu queria registrar aqui nesta tribuna um trabalho feito, às vezes, em
noites indormidas, de cruzamentos de dados. Eu me lembro, meus amigos, e aqui
foram indiciados alguns empresários, Ver. Dib, eu me lembro de fatos, porque eu
trabalhei pessoalmente nessa pesquisa em que davam dinheiro para a campanha de
uma empresa “x” no mês e, dois dias depois, renovavam os contratos por
antecipação. E eu mandei buscar as contas de campanha, cruzei com os dados de
doação de campanha, e chegamos a essa conclusão.
Então aqui fica uma contribuição de alguém que
não cansa de afirmar que no exercício do mandato popular, para mim, é muito
mais importante o exercício fiscalizatório, porque, se lei salvasse o Brasil -
cá para nós, adeus Suíça! -, este seria o País mais feliz do mundo. Acho que,
se nós exercitarmos o processo de fiscalização, estamos cumprindo um belo
papel. Portanto, mesmo que atrasadamente - porque não é possível, e eu não
estou fazendo juízo de valores - essas pessoas podem ser indiciadas e
absolvidas; podem ser indiciadas e não serem denunciadas. Agora, quanto ao
sistema judiciário, especialmente da polícia judiciária, não dá para fazer uma
denúncia e levar seis anos para ocorrer um Relatório Final. Isso está
absolutamente errado; absolutamente equivocado e contraditório com o processo
democrático. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência. O Ver. Ervino Besson está com a palavra para uma Comunicação de
Líder.
O SR. ERVINO BESSON: Meu caro
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e no Canal 16 da TV Câmara,
eu queria saudar a todos. Eu pontuei três assuntos sobre os quais eu vou me
pronunciar no tempo de Liderança do meu Partido, neste momento, na tribuna. O
primeiro deles, Ver. Ibsen Pinheiro, é que temos que agradecer à nossa equipe,
que deu início a um grande presente para o nosso Rio Grande, com uma grande
vitória. Parabéns, Internacional, que lavou a alma de gaúchos e gaúchas!
(Palmas.)
O outro assunto é sobre o segundo ano, que está
se encerrando, da Administração Fogaça. Eu quero parabenizar o Prefeito Fogaça
por algumas mudanças que trouxeram um grande benefício para a população de
Porto Alegre. A primeira delas é o Programa Água Certa, um excelente trabalho
do Bichinho, da equipe do DMAE, um excelente trabalho! Isso eu falo em nome de
várias pessoas da comunidade de Porto Alegre. O Programa Alvará na Hora é um
excelente trabalho da SMIC, um alívio para a população de Porto Alegre; é assim
que se administra uma cidade. E outra grande mudança que eu sempre tenho defendido
- não neste mandato e, sim, em outros -, é a integração entre as Secretarias.
Isso é importante, Ver. Elói Guimarães, é extremamente importante, e eu tenho
falado a respeito disso várias vezes nesta tribuna. Essa integração entre as
Secretarias é importantíssima para a cidade de Porto Alegre, a população é quem
ganha com isso, e o Prefeito Fogaça, com muita competência, com muito trabalho,
conseguiu integrar as Secretarias. Falta alguma coisa ainda, mas eu tenho
certeza de que, no decorrer do tempo, a política que está sendo implantada pelo
Prefeito Fogaça será bastante relevante para a cidade de Porto Alegre. Outro
ponto: o Distrito Industrial da Restinga saiu do papel. Eu quero aqui também
fazer esse reconhecimento para a SMIC, para o Secretário Cecchin. Eu tomei
conhecimento de alguns projetos de implementação industriais no Distrito
Industrial da Restinga. E fica já o convite neste final de ano de 2006: vamos
visitar o Distrito Industrial da Restinga, que, felizmente, saiu do papel! Isso
é uma grande conquista para aquela população da Zona Sul de Porto Alegre - por
que não para toda a nossa Porto Alegre? Competência de trabalho da equipe de
Governo, essa integração entre as Secretarias, repito novamente, temos que
reconhecer a competência do Secretário Idenir Cecchin, parabéns pelo trabalho!
Parabéns! As coisas boas também têm que ser ditas aqui.
Agora, uma pequena observação, não é uma
crítica, mas eu gostaria de fazer essa observação porque, numa fala pessoal, na
segunda-feira, quando nós estivemos na Prefeitura, no momento em que o Prefeito
sancionou o Projeto da regulamentação dos nossos motobóis - dos nossos
motoqueiros que prestam um relevante trabalho para a Cidade -, troquei idéias,
levei um assunto ao Secretário Senna – competente Secretário. E ele concordou
de pronto com o assunto que vou colocar para V. Exas., meu caro Ver. João
Antonio Dib, ele ia verificar. Eu e acho que ninguém de V. Exas. aceita chegar
numa sinaleira e ver um “azulzinho” – que presta um relevante trabalho para a
Cidade – com uma caneta e um bloco na mão, anotando. Isso eu não aceito. Falei
isso para o Secretário Senna, e ele disse que esse procedimento não foi uma
determinação sua. Acreditei no Secretário, só que hoje pela manhã, às oito
horas da manhã - até gostaria que, se alguém tiver algum contato direto com o
Secretário, o alertasse -, no meu trajeto, na Av. Otto Niemeyer esquina com a
Av. da Cavalhada, para a minha surpresa, estavam lá os “azuizinhos” com uma
caneta e um bloco na mão. Ora! Isso não fica bem para a cidade de Porto Alegre.
Não fica bem para Porto Alegre! Isso não é o trabalho dos “azuizinhos”, não
fica bem. É revoltante. Eu acredito que o Secretário vai tomar uma atitude,
alertar, pelo menos ele me falou que não é determinação dele. Eu acredito que
não seja, agora, a chefia deles determinou que os “azuizinhos” permaneçam numa
sinaleira, numa esquina, com um bloco e com caneta na mão. Não é isso que prega
o nosso querido Prefeito Fogaça! Então, eu faço aqui uma crítica, acho que não
é bem uma crítica, mas, sim, uma crítica construtiva, uma observação: isso é
uma coisa que o Secretário tem de ver. De repente, ele pode mandar alguém lá
averiguar essa denúncia que estou fazendo, não estou inventando, é uma denúncia
verídica. Isso não traz benefício nenhum para a cidade de Porto Alegre, traz
uma revolta para a população. Os “azuizinhos” têm a responsabilidade de
controlar o trânsito e outros deveres. Agora, meu caro Presidente, passar numa
sinaleira, numa via pública, e estar lá o “azulzinho” com uma caneta e um bloco
na mão para as anotações... Não, não concordamos com isso! Obrigado, Sr.
Presidente.
(Revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência.
A Verª Maria Celeste está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Ela está ausente no momento.
O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente,
Ver. Dr. Goulart; prezados Vereadores e Vereadoras, senhores e senhoras, venho
aqui fazer o debate sobre o Projeto do Executivo, enviado a esta Casa, que cria
um conjunto de verbas de representação.
Vereadora Neuza, a senhora é da base do Governo,
sabe que este Governo, na sua campanha, fez uma afirmação que não iria criar
mais Cargos em Comissão, verbas de gratificação e/ou supersalários na
Administração Pública Municipal. E o que nós recebemos hoje, aqui nesta Casa, é
mais um Projeto criando um conjunto de verbas de representação que vai
propiciar que 15 privilegiados, dentro do Executivo Municipal, Ver. Raul
Carrion, recebam, por mês, mais 2 mil, 798 reais e 40 centavos, além dos
salários que eles já recebem. Quem serão esses, pela proposta aqui do
Executivo? Assessor Economista da Assessoria Especial do Gabinete do Prefeito;
Assessor Engenheiro do Gabinete do Prefeito; Assessor Jurídico; Assessor
Especialista; Coordenador da Coordenação da Defesa Civil; Coordenador do
Gabinete Executivo; Coordenador-Geral do Gabinete de Captação de Recursos;
Coordenador-Geral do Gabinete de Programação Orçamentária; Coordenador-Geral do
Gabinete de Turismo; Coordenador-Geral Diretivo do Gabinete do Secretário da
Secretaria Municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico; Coordenador-Geral
Diretivo do Gabinete do Secretário da Secretaria Municipal de Coordenação
Política e Governança Local; Coordenador-Geral Diretivo do Gabinete do
Secretário da Secretaria Municipal da Administração; Diretor do Departamento de
Esgotos Pluviais – DEP; do Secretário Adjunto do Gabinete do Secretário da SMOV
– Secretaria Municipal de Obras e Viação; ao Presidente do Tribunal
Administrativo de Recursos Tributários do Município de Porto Alegre, vinculado
à Secretaria Municipal da Fazenda.
Todos esses 15 contratados, Ver. Adeli, hoje,
são 15 CCs – Cargos em Comissão -, como é que se justifica que 15 CCs irão
receber mais um benefício, além dos recursos que eles já recebem como CCs? E
aqui eu quero trazer outra discussão, Ver. Ervino Besson, para verificar uma
contradição que existe aqui, Ver. João Antonio Dib: nós aprovamos, nesta Casa,
as FGs especiais – quando digo nós, refiro-me à Câmara de Vereadores -, porque
a minha Bancada votou contra os supersalários construídos nesta Administração,
que são para aqueles cargos que provêm ou que são convidados para vir da esfera
estadual, federal ou de outro órgão público e que irão receber superFGs. Foram
aprovadas aqui FGs especiais, receberão até 5 mil reais a mais do que os outros
que estão no mesmo nível, e agora criam mais essas verbas de representação, e
isso poderá ser cumulativo. Eles já recebem esses supersalários, com FGs especiais,
e o Governo propõe criar agora mais verbas de representação, e quero dizer
mais: isso é uma novidade no Executivo Municipal, não existe verba de
representação para CCs no Executivo Municipal, isso nunca existiu na
Administração Popular!
Portanto, senhores e senhoras, na penúltima
Sessão do ano, este Projeto que entra em Pauta, nós já estamos aqui trazendo a
preocupação de que é mais um Projeto que cria mais um supersalário, Sr.
Presidente. E é para alguns poucos. Nós queremos, sim, discutir, Verª Clênia
Maranhão, a planta de valores salariais para toda a Administração e não para
alguns poucos. O projeto nos traz a percepção de que será mais um conjunto de
poucos privilegiados. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência. Ver. Adeli Sell, lembro que os Projetos a serem discutidos
em Pauta agora deverão ser o do Ver. Luiz Braz, que concede título honorífico
de Cidadão a Jorge Sirena (Dody Sirena), e o de autoria da Mesa Diretora, que
concede o Prêmio Mulher em Ação à Sra. Dione Peña Zanatta. Tecnicamente são
esses dois. Qual deles V. Exª ia discutir?
(Aparte anti-regimental do Ver. Adeli Sell.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): (Dirigindo-se à
Diretoria Legislativa.) Uma vez que abrimos a outros, Vereador, V. Exª encerra
a Pauta.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente,
na Sessão anterior eu me manifestei sobre o Projeto da SMOV. Ele não estava em
3ª e última discussão de Pauta. Então, alguma coisa houve, tanto que outros
Vereadores falaram sobre o tema. Eu vou falar sobre esse tema também.
Sobre a questão dos títulos, eu acho que é
equivocado - se quiserem a minha opinião - que a Mesa Diretora dê títulos. Eu
vou votar contra sempre. Estou pensando, já fiz um estudo preliminar e acho que
há títulos demais na Casa, vamos propor que alguns deles sejam colocados de
lado, para que a gente não tenha que ouvir a toda hora que a gente só dá
títulos aqui. Nós temos que discutir, efetivamente, o Projeto do Executivo que
cria Cargos em Comissão e Funções Gratificadas na SMOV. Eu quero saber qual é a
justificativa. Ninguém do Governo veio aqui me justificar sobre a verba de
representação assegurada aos titulares dos postos de confiança, em função
específica, descritos nos incisos deste artigo, o que é fixado em 2.798 reais e
40 centavos. Até agora ninguém do Governo veio explicar a razão para esse aumento. Não existe razão, não tem cabimento! Já discutimos
em outras situações, criamos uma coisa que até hoje eu não tinha visto na
Administração Pública: gratificações para pessoas que vêm de outros órgãos,
como do Estado, da União, para o Município. Parece que não é um problema do
Governo resolver o problema das 800 pessoas que trabalham no Hospital
Materno-Infantil Presidente Vargas, que são contratados; está em banho-maria,
ninguém quer discutir, vai ser um baita problema. Se o pessoal da Fugast sair,
não funciona o Hospital. Ou funcionará? Essa é a questão. Agora, não dá para
ficar criando uma ilusão de que tirando cinco CCs e passando para três seja um
grande negócio, quando nós acrescentamos um plus de três mil de gratificação,
ou o sujeito está dentro dos Cargos de Confiança... Eu vou dizer que votarei
contra esse Projeto, militarei contra, aqui, publicamente, e vou fazer um
pente-fino na Administração sobre essa questão das horas extras para alguns e o
corte de horas extras para outros. Esse é um jeito que, se não fosse trágico,
seria engraçado. Não dá para compactuar com isso, vou resistir, vou combater,
vou votar contra. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Obrigado, Excelência.
A Verª Sofia Cavedon
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Sr. Presidente, Ver. Humberto Goulart; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, o Ver. Sebastião Melo trouxe o tema do lixo de uma forma
mais comedida e considero prudente que seja dessa forma, porque, se um pequeno
tempo, um interregno de uma licitação e do final de um contrato está dando todo
esse qüiproquó, imagina, agora, Verª Margarete Moraes, uma licitação
comprovadamente fraudada, um Diretor do DMLU que saiu afastado. Devemos
ter informações de onde ele está e o que aconteceu com a máfia que ele
denunciou, que existe e que permanece no DMLU. Uma licitação comprovadamente
superfaturada, que dobrava o custo da limpeza urbana da cidade de Porto
Alegre... Imaginem o que vai acontecer, porque as investigações continuam com
as pessoas implicadas que têm de dar as explicações devidas.
Então, Ver. Sebastião Melo, é prudente porque
também tem de dar explicação: onde está Wilton Araújo? Onde estão as respostas
para os problemas da sua gestão e da sua retirada do DMLU?
Nós temos a tranqüilidade de que a verdade se
instalará, Ver. Sebastião Melo, sobre a licitação que foi feita no DMLU, no
período do Diretor Campani. E na época, lembro-me bem, aqui nesta Casa, a
licitação foi colocada na rua em tempo. E, nesta Casa, houve levantamento de
suspeita que teve beneficiamento de empresa, o Prefeito Tarso Genro suspendeu
por um mês a licitação. O Prefeito abriu uma sindicância para apurar as
denúncias levantadas, na tribuna, pelo Ver. Luiz Braz; foi levantado, nós
apuramos, não houve nenhuma evidência de beneficiamento. E o que aconteceu?
Tivemos que prorrogar - prorrogamos legalmente - e a empresa que ganhou, baixou
o preço. E nós sabemos que no processo licitatório, se baixa o preço, o preço
acaba acontecendo de forma mais baixa do que o procedido em um contrato
emergencial necessário, fundamentado pela urgência do serviço.
Então, nós temos certeza de que a verdade se
estabelecerá, os nossos dirigentes da época estão tranqüilos, estão fazendo o
processo. O que houve hoje foi um Relatório que a Delegacia Fazendária
encaminhou ao Ministério Público. O Tribunal de Contas aceitou as contas, tinha
achado regular, acho que a representação do Ver. Sebastião Melo faz com que o
Ministério queira olhar mais. Há uma avaliação dos nossos dirigentes, gestores
na época, de que havia, na Delegacia, uma opinião já formada de que todas essas
explicações - que foram bem dadas e fundamentadas nos períodos da investigação
- não foram nem ouvidas. Então, há um julgamento político, mas a verdade vai
transparecer, e provarão que houve beneficiamento e dolo nesse processo.
Agora, nós queremos, Ver. Carlos Comassetto, que
se assine a CPI, porque, se esse detalhe de um tempo, de uma licitação, de uma
prorrogação de um contrato, com todos os cuidados de uma sindicância interna,
com todos os cuidados que tivemos, deu nisso tudo, certamente esta Casa tem
responsabilidade. E se o Ver. Sebastião Melo achou pertinente entrar com
representação, diante dos fatos deste ano, da licitação que o Sr. Garipô disse
que estava eivada do problema da máfia atuando dentro do DMLU - o próprio
Prefeito afastou a licitação do DMLU, está fazendo na Fazenda, porque também
entende que lá pode haver problema -, se houve o antecedente do afastamento do
Sr. Wilton Araújo, será, Ver. Sebastião Melo, que não tem que investigar? Nós
já temos dez assinaturas, faltam duas, e a responsabilidade desta Casa é
investigar.
Nós não tememos investigação. A Cidade precisa
dessa avaliação. Por que precisa? Porque novas licitações estão na rua. É
metade do serviço, mais ou menos, e já implica 170 milhões, não é, Ver.
Sebastião Melo? E mais novas licitações virão no ano que vem. O custo vai aumentar.
A Cidade está suja. Há uma ausência do DMLU na periferia desta Cidade, em
vários bairros desta Cidade; programas importantes não foram retomados.
O prejuízo está colocado na cidade de Porto
Alegre, e acho que esta Casa, omitindo-se, vai causar um prejuízo ainda maior,
porque o processo não terminou. Tem uma frota do DMLU que vai ser colocada em
leilão, que está estocada, que está emprestada para empresa terceirizada, há
oficinas fechadas, equipamentos não utilizados, funcionários que perderam hora
extra. Então, acho que o prejuízo, se nós olharmos de perto, é muito grande! Eu
quero, então, comparar, porque nós não podemos ter dois pesos e duas medidas, e
as gravidades são muito diversas. Mas a verdade se estabelecerá, e esta Casa
não poderá ser omissa, tenho certeza disso, porque muito se diz por aí:
“Queremos investigar os 16 anos”. Sempre fomos minoria nesta Casa! Por que
nunca se instalou uma CPI? Porque nunca teve fato concreto, porque nunca teve
um dolo do tamanho como está havendo, neste momento, no DMLU! A verdade se
estabelecerá, nós somos parceiros para proteger o que é público. Obrigada, Sr.
Presidente.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado.
Senhores e senhoras, solicito a nossa saudação ao Sr. Waldemar Augusto Rivoire,
uma das maiores autoridades do Brasil em câncer de colo de útero, professor da
UFRGS, médico do Hospital de Clínicas. Peço uma bela saudação ao nosso mestre
Waldemar Augusto Rivoire. (Palmas.) O Professor defende tese a respeito da
matéria, dia 15, à tarde, no Hospital de Clínicas.
O Ver. José Ismael
Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente
desta Casa, nobres Vereadores e Vereadoras, estivemos, hoje, no horário do
almoço, na Federasul, onde estava em pauta, na Mesa, um pronunciamento, uma
colocação do nosso Vice-Governador, eleito, do Estado do Rio Grande do Sul, Dr.
Paulo Feijó. Estivemos presentes, Sr. Presidente. Captamos com muita simpatia,
com muitas boas graças o pronunciamento de S. Exª, quando ele colocou novamente
suas convicções de empresário e fez uma radiografia dos motivos de o nosso
Estado do Rio Grande do Sul não estar ao menos acompanhando o desenvolvimento
do Brasil. Deixou também transcrito que não existe animosidade entre ele e a
nossa futura Governadora. Mas acreditamos muito quando ele falou - sendo
diversas vezes aplaudido, estava lotado o ambiente, não havia lugar para que
mais pessoas pudessem assistir - uma verdade, quando disse: “A Governadora teve
bastante votos, mas alguns eu também tive como Vice-Governador, e serei
participante na luta para tirar o Estado do Rio Grande do Sul dessa penúria de
desemprego, dessa penúria de salários baixos, desse atraso em relação a outros
Estados do Brasil”.
Mas eu quero parabenizar o nosso Governo
Municipal quanto à sua política de gestão pública. E talvez possa isso ser um
marco, nobre Ver. João Antonio Dib, para a Prefeitura
voltar a ser o que era quanto à sua liquidez. Se nós seguirmos franciscanamente
essa gestão pública de não gastarmos mais do que nós arrecadamos, eu tenho
certeza de que Porto Alegre poderá dar o exemplo para diversas capitais do
Brasil, porque nós temos muitas frentes que podem ser atacadas, para dar uma
auto-sustentabilidade maior, uma arrecadação maior para o nosso Município.
Ainda falta fazermos
esses estudos. Nessas minhas caminhadas no Município depois de Vereador, eu
vejo três focos, três eixos importantes, que se nós atacarmos, com certeza, vão
trazer muitos benefícios à cidade de Porto Alegre. Uma regularização fundiária,
nobre Ver. João Antonio Dib, eu acho fundamental para a nossa Cidade, e isso
vem muito com a desburocratização das exigências para que projetos possam ser
aprovados, simplificarmos para que a classe média e a classe baixa possam fazer
a sua casa, com a sua planta, como cidadãos legais, pagando os seus encargos.
Na parte
habitacional, nós temos um déficit enorme, e o que nós precisamos fazer são
projetos, uma coordenadoria, porque o dinheiro existe, dinheiro de
porto-alegrenses, de empresas porto-alegrenses.
Há poucos dias nós
lemos no jornal que 10% das multas rescisórias por justa causa, que antes eram
para pagar as dívidas de Collor, agora o Governo Federal está amontoando para
subsidiar moradias da classe pobre. Isso é de empresas porto-alegrenses, e nós
não estamos usando nem o nosso capital, o que dirá aquele que está disponível
na Caixa Econômica Federal. Aliás, nós teríamos que fazer uma frente para que
os empréstimos pudessem ser liberados com mais justeza, já que hoje é quase
proibitivo, pois as exigências são demais. Eu acho que não poderia ter
exigência nenhuma para a habitação da classe média, porque a garantia é a
própria moradia.
E, finalizando, o
outro eixo que Porto Alegre tem que buscar é a renda do turismo. Temos que
buscar! É uma renda que dá auto-sustentabilidade. Ela virá de pessoas de fora
que trarão essa renda para nós, nesta Cidade gaúcha, nesta cultura mundial.
Duvido que muitos gringos que vêm ao Brasil não queiram visitar o Rio Grande do
Sul para conhecer as nossas cidades gaúchas.
Eu acredito que nós
podemos ter muito mais sucesso, e Porto Alegre, com uma Administração séria,
honesta, vai encontrar o seu caminho e não depender mais tanto de empréstimos
externos.
É isso o que eu
desejo. Talvez seja este o meu último pronunciamento.
Quero parabenizar o
nosso Prefeito Fogaça, a sua equipe de Secretários ...
(Defeito no som.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Estão suspensos
os trabalhos por problemas técnicos.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h56min.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart – às 15h59min): Estão reabertos os trabalhos da presente
Sessão.
O Ver. José Ismael Heinen continua com a
palavra.
O SR. JOSÉ
ISMAEL HEINEN: Agradeço pela deferência de V. Exª e, concluindo o que
estava comentando, acredito que, em 2007, a nossa Prefeitura poderá dar mais um
salto de qualidade, desde que haja um compromisso sério, uma vontade política
de fazer o que tem de ser feito.
Esse lapso do som, aqui, é o reflexo do nosso País,
hoje, com problemas sérios de infra-estrutura. Hoje, também, quando o
Vice-Governador estava fazendo a palestra, faltou luz por 20 minutos.
Quero desejar boas-festas, em nome da nossa
Liderança, a todos os senhores, às Administrações, ao povo de Porto Alegre. Um
abraço, e que a gente retorne com todas as forças para darmos o melhor de nós à
coletividade de Porto Alegre. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores,
Sras Vereadoras,
sou um Vereador que se orgulha de estar sempre atento ao que ocorre no
plenário, e, ao mesmo tempo, ao que acontece na Administração Municipal. E,
ouvindo a Verª Sofia Cavedon e o Ver. Melo, sou obrigado a dizer que as coisas
não são exatamente iguais.
No caso da Administração do Departamento
Municipal de Limpeza Urbana da Administração Fogaça foram suscitadas dúvidas,
foram levantadas suspeitas, e o que fez o Prefeito? Suspendeu a licitação.
Poderia estar equivocada a licitação, mas foi suspensa.
Então, não há como comparar a esses Diretores e
servidores do Departamento Municipal de Limpeza Urbana que foram indiciados
pela Polícia. É claro que indiciado, ele será julgado, mas o Diretor Campani,
também pelo Tribunal de Contas, foi multado em cerca de 1 milhão de reais, por
ter usado mal o dinheiro da Administração.
Agora, vejo declaração do Hideraldo Caron, com o
problema de peso, que ele não sabe bem o que é, mas como disse, sou atento às
coisas da Administração. Eu vou lembrar do incinerador de lixo, que foi pago
antecipadamente e nunca foi instalado. Mas como entidades privadas participaram
desse pagamento, elas estão cobrando hoje, da Administração Fogaça, valores muito mais elevados do que aqueles
que na Administração do Campani deveriam ter sido cobrados para a colocação do
incinerador de lixo. Eu vou
lembrar o motor de explosão: o Dr. Campani, três dias antes de deixar a
Administração - porque o Prefeito Olívio Dutra deixava a Administração - mandou
estudar um motor de explosão. O Departamento de Limpeza Urbana, que não tem
pernas para se auto-sustentar, mandou fazer um estudo de um motor de explosão,
que nada tem que ver com o DMLU, e que pagava para a Fundatec, sem licitação,
336 milhões de cruzeiros, e pagou a terça parte - 112 milhões -, no empenho que
foi encaminhado para a Cientec. Trocaram o nome, não foi Fundatec. Pagaram para
a Cientec, que devolveu o dinheiro. E a Fundatec, como de notório conhecimento,
ia usar estudos lá da Ulbra ou da UNISINOS, não sei. Então, é bom lembrar isso.
E o motor explodiu em algum lugar, porque não ouvi falar mais dele.
Eu lembro que foi trazido a este plenário o problema quando quebrou a
balança de lixo. E talvez aí o Dr. Hideraldo esteja preocupado: durante 14 meses, em vez de pagarem 14 toneladas de
lixo, pagaram 17 por caminhão. E o Prefeito Tarso Genro, quando assumiu, mandou
fazer uma Auditoria da Administração anterior, do Sr. Olívio Dutra, e na
Auditoria foi constatado que a balança quebrou, levou muito tempo para ser consertada,
e que pagaram, a mais, três toneladas por mês. E, singelamente, concluía a
Auditoria, sugerindo que o Departamento de Limpeza Urbana chamasse a empresa
que recebeu dinheiro a mais, e que a mesma devolvesse. Era cerca de um milhão
de dólares. Isso foi falado na tribuna e no dia seguinte saiu no jornal Zero
Hora, na pagina três, uma manifestação da empresa: “Nós não pesamos o lixo, nós
não emitimos o empenho, nós não fizemos o recibo, nós recebemos o que nos
pagaram e não temos que devolver nada para ninguém.” E o assunto se encerrou.
Mas isso tinha sido levantado no Tribunal de Contas também.
Então, é muito diferente estabelecer a presunção de que havia erro na
licitação, como o fato, citado aqui, do ex-Diretor do Departamento de Limpeza
Urbana,
indiciados pela Polícia, sendo que o Dr. Campani também está sendo acusado pelo
Tribunal de Contas. Eu não quero fazer injustiça com ninguém, eles não foram
julgados, ainda, mas vão ser julgados, sim, vão ser julgados, estão indiciados
pela Polícia; e o Dr. Campani vai pagar multas que o Tribunal de Contas lhe
aplicou, a não ser que ele consiga uma defesa extraordinária e não precise
pagar.
Portanto, eu quero estabelecer a verdade: houve
indícios de que haveria algum equívoco, e o Prefeito, rapidamente, cancelou a
licitação, nomeou nova comissão, alterou a administração do departamento, tudo
funcionando normalmente. Agora, esses outros foram indiciados pela Polícia.
Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Márcio
Bins Ely comunica à Diretoria Legislativa que está, hoje, das 15 horas em
diante, em Brasília, para audiência com o Senador Zambiasi, com o objetivo de
construir alternativas para a divulgação de lei de sua autoria, sobre o
Estatuto da Juventude de Porto Alegre.
Solicito a abertura do painel eletrônico para
verificação de quórum. (Pausa.)
Havendo quórum, passamos à
Em votação o Requerimento, de autoria das
Lideranças da Casa, para apreciação das seguintes matérias constantes na Ordem
do Dia de hoje, 13 de dezembro: Reunião Conjunta das Comissões; PLL nº 163/05;
PLL nº 170/06; PLL nº 092/06; PLCL nº 004/06; PLL nº 129/05; PLL nº 112/05;
PLCL nº 023/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
Estão suspensos os trabalhos para Reunião Conjunta
das Comissões.
(Suspendem-se os trabalhos às 16h10min.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart – às 17h38min): Estão reabertos os
trabalhos. Apregôo que a Presidência da Câmara de Porto Alegre, em conformidade
com o art. 20, inciso VI, tendo em vista o que consta no Processo nº 5656/06,
designou funcionários para constituírem um grupo de trabalho com o objetivo de
sistematizar e analisar as resoluções que instituem premiações e títulos
conferidos pela Casa. Vamos fazer uma revisão, pois há uma porção de coisas que
precisam ser discutidas. Constituem o grupo de trabalho os servidores Inês
Margareth Haffner, Márcia Regina Schwertner, os Vereadores Luiz Braz, Professor
Garcia e Sebastião Melo e a Verª Margarete Moraes. Se outro Vereador estiver
interessado, fale com a Diretora Legislativa para que seja incluído.
Suspendemos a Sessão por alguns minutos para conversarmos com as Lideranças.
(Suspendem-se os
trabalhos às 17h39min.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart – às 17h41min): Estão reabertos os
trabalhos da presente Sessão.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 3911/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 170/06, de autoria do
Ver. Aldacir Oliboni, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto
Alegre ao Senhor Marivaldo Antonio Tumelero.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM, em 01-03-06.
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Em discussão o PLL n.º 170/06, de autoria do Ver.
Aldacir Oliboni. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL
n.º 170/06. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 27 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N. 0949/06 - PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 004/06, de autoria da Ver.ª Mônica Leal, que altera a
redação do caput do art. 71 e acrescenta o art. 71-A à Lei Complementar
n. 12, de 07 de janeiro de 1975, e alterações posteriores, que institui
posturas para o Município de Porto Alegre, proibindo o leilão de eqüinos
abandonados.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D’Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR.
Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver.
Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM. Relatora Ver.ª Neuza
Canabarro: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 25-09-06;
- adiada a discussão por uma Sessão.
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Em discussão o PLCL nº 004/06. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação a Emenda nº 01 ao PLCL nº 004/06.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
RENOVAÇÃO
DE VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 2471/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 112/05, de autoria do Ver. Carlos Comassetto, que altera a redação do art.
1º e inclui art. 1-A na Lei n. 6.643, de 18 de julho de 1990, que proíbe a
comercialização de brinquedos que sejam réplicas em tamanho natural de armas de
fogo, sendo vedado o porte, o uso e a manutenção ou disponibilização desses
brinquedos em creches, escolas de Educação Infantil e de Ensino Fundamental,
públicas ou privadas, localizadas no Município. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Ibsen
Pinheiro: pela existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do
Projeto e da Emenda n. 01;
- da CUTHAB. Relator Ver.
Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01;
- da CECE. Relatora Ver.ª Manuela
d'Ávila: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01;
- da CEDECONDH. Relator Ver.
Ervino Besson: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01.
Observação:
- renovação de votação nos termos do art. 196 do Regimento da CMPA.
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Em
votação o PLL nº 112/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 112/05.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
O Requerimento de verificação de votação do PLL
nº 163/05, feito pelo Ver. Mario Fraga, que suscitou dúvidas a esta
Presidência, teve o Parecer da CCJ emitido sobre o Projeto da Verª Margarete
Moraes, que determina a publicação semestral de dados referentes a Cargos em
Comissão do Executivo de Porto Alegre, no Diário Oficial. Este é o Parecer
(Lê.): “Não se trata de matéria de direito, senão matéria pertinente aos fatos.
O Regimento é dúbio; não assegura
peremptoriamente interregno material entre uma votação e a seguinte. Nas notas
taquigráficas, o Presidente declara: ‘Em discussão o PLL nº 163/05...’
Portanto, não houve prosseguimento do processo de votação, que não concluiu-se.
Em seguida acontece o pedido de verificação de votação, que o Regimento abriga.
Estabelecido o confronto e a dúvida, o Sr. Presidente remete a questão à
inteligência desta douta Comissão de Justiça. Entendo, outrossim, que, não
tendo sido concluída a discussão, aliás, sequer tendo iniciada, conforme notas
taquigráficas em apenso, concluo pela procedência do pedido de verificação de
votação. Este é o Parecer. Sala de Sessões, 11 de dezembro.”
Há as assinaturas de todos os membros da
Comissão, com relatoria do Ver. Nereu D’Avila, e com restrição do Ver. Carlos
Comassetto, que agora se diz contrário.
Então, senhoras e senhores, considerando o
socorro que nos traz a CCJ, dentro do bom-senso que o Presidente zela e pelos
bons caminhos que a Casa deve percorrer, solicito a verificação de votação.
Pois não, Excelência.
(Manifestação do Ver. Carlos Comassetto, fora do
microfone.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Se por acaso pedir.
A SRA. SOFIA
CAVEDON (Questão de Ordem): Presidente, se não é regimental, eu gostaria de
saber se não é politicamente mais adequado que votemos o Requerimento, ou seja,
que este Plenário se pronuncie sobre o Requerimento, tendo em vista a posição
da Comissão de Constituição e Justiça, que já se pronunciou, para que o
Plenário possa manifestar-se sobre o acolhimento ou não a verificação de
votação. Gostaria de saber se isso tem base no Regimento, se podemos proceder
desta maneira, para permitir o debate.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Vou consultar.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Exatamente a
dúvida que eu tinha: se o Parecer da Comissão não tinha que ser submetido ao
Plenário, mas vejo que a Diretoria Legislativa, atenta, já traz o Regimento.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Estão suspensos
os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 17h53min.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart – às 17h54min): Estão
reabertos os trabalhos. O debate passa a não ser regimental, porque não houve
requisição do Plenário para este Parecer; houve apenas um pedido do Presidente
para elucidar sobre a procedência ou não do pedido, sobre a temporalidade ou
não do pedido, e este será despachado de plano pelo Presidente, segundo o art.
94. Portanto o Presidente defere ou não. O Presidente, socorrido pela Comissão,
que entende ser o órgão adjunto que esclarece, vai deliberar em seguida. Em
primeiro lugar, como houve um voto contrário, o Vereador aproxime-se do
microfone e leia seu voto contrário.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente,
o voto contrário e a nossa Declaração de Voto é o seguinte (Lê.):
“Considerações sobre o Parecer do Sr. Ver. Nereu D’Avila em relação ao processo
de votação, do PLL nº 163/05. Em Parecer solicitado pela Presidência desta Casa
à CCJ, o nobre Ver. Nereu D’Avila manifestou-se favorável à verificação de
votação solicitada pelo Ver. Mario Fraga.
Manifesto discordância quanto ao Parecer do
nobre Vereador, baseado no seguinte:
a) Não há dubiedade no registro. Declarado o
resultado da votação do PLL nº 163/05, o que foi feito (cf. p. 03) [das notas
taquigráficas], passou-se imediatamente à discussão do próximo Projeto
constante na Ordem do Dia (PLL nº 018/05), conforme se verifica na mesma página
03 do Processo. Havendo proclamação do resultado, o que está registrado nas
notas taquigráficas, não cabe a nenhum Vereador ou Vereadora questionar
supostas dubiedades do Regimento para subverter seus princípios básicos. Em seu
artigo 176, § 2º, o Regimento Interno é claro ao estatuir que ‘não será
permitido votar nem retificar o voto após a divulgação do resultado da votação
pelo Presidente’.
b) Ao contrário do constante no Parecer do
ilustre Relator, as notas taquigráficas não registram a expressão ‘em discussão
o PLL nº 163/05’ como últimas declarações do Presidente antes de ser solicitada
a verificação de votação. Conforme afirmei acima, as notas taquigráficas são
explícitas ao registrarem a declaração de aprovação do PLL nº 163/05.
c) Houve tanto o prosseguimento da votação do
PLL nº 163/05 quanto sua conclusão e aprovação, chegando-se a iniciar a
discussão da proposição seguinte.
d)
Ainda conforme as notas taquigráficas, o pedido de verificação de votação não
foi feito sequer em seguida à conclusão da votação, o que, por si, já
caracteriza a intempestividade do pedido; foi feito quando já se discutia a
transferência da discussão do PLL nº 018/05 para uma próxima Sessão. Em sua
manifestação, o próprio Ver. Mario Fraga declara: ‘É sobre o processo
anterior’ (grifei). ‘Eu gostaria de saber se há possibilidade de
verificação da votação do processo anterior’ (grifei) [disse o Ver.
Mario Fraga]. Ou seja, no momento em que faz o seu requerimento intempestivo, o
nobre Vereador requerente entende, por suas próprias faculdades, que se trata
de um processo anterior ao que está em discussão no momento em que é feito o
Requerimento; Processo esse, o PLL nº 163/05, já discutido, votado e aprovado,
conforme constante nas notas taquigráficas.
Diante do exposto, verifica-se que a conclusão
do ilustre Relator repousa sobre uma falsa premissa, qual seja, a de que não
houve conclusão da discussão. Refere-se o Relator às notas taquigráficas
constantes na p. 02 do presente Processo, todavia não considera a continuação
das mesmas notas, que, de modo inapelável, manifestam a proclamação do resultado
pelo Exmo. Sr. Presidente (cf. p. 03) [em anexo]. Considerando-se os registros
taquigráficos, não há como acolher o Parecer do ilustre Relator, sem que, com
essa atitude, abra-se um precedente inaceitável: o de se desfazer votações
depois de proclamado o seu resultado. A desatenção dos integrantes desta Casa
não é argumento suficiente para desrespeitar o resultado dos processos de
votação.
Dito isso, em nome do respeito ao Regimento
Interno e à ordem democrática que ele garante a esta Casa, a Comissão de Constituição
e Justiça deve negar o provimento ao requerimento verbal do ilustre Ver. Mario
Fraga e reconhecer o resultado da votação legitimamente realizada e o resultado
proclamado pelo Sr. Presidente.”
Neste sentido, este Vereador da Comissão de
Constituição e Justiça vota contrário e faz a sua declaração de voto. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente,
eu acompanho atentamente o Parecer da Comissão, e V. Exª em seguida vai dar a
sua decisão. O art. 175 diz o seguinte (Lê.): “Poderá ser realizada a
verificação de votação a requerimento de Vereador para votação simbólica.” Ele
é vago. Mas a Casa, na sua história, deve ter precedente, ou seja, deve ter
jurisprudência. Como é que tem procedido a Casa ao longo desse tempo? É durante
a Sessão? Porque o Parecer do nobre Vereador é subjetivo. Ele pode dizer: “Até
o início da votação”. Agora, eu, por exemplo, tenho outro entendimento. Eu acho
que verificação de votação pode ser pedida durante toda a Sessão, por exemplo.
Então, eu só queria que V. Exª informasse, se puder. Se não puder informar,
tudo bem. Gostaria de saber como tem sido o procedimento da Casa ao longo do
tempo, porque deve ter histórico sobre isso.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Ver. Sebastião
Melo, na história recente, não existe um pedido de verificação tão tardio, tão
longínquo; eles têm acontecido de pronto. Assim que apregoado, a parte que
deseja encaminhar a verificação o faz. Por isso surgiram as dúvidas, por isso
surgiu o pedido deste Presidente, que não tinha jurisprudência firmada nisso
aqui. Na história recente, não temos. Então, em tempo para esclarecimento, esse
questionamento não tem acontecido.
O SR. RAUL CARRION (Questão de Ordem): Exmo Presidente,
Ver. Dr. Goulart; parece-me óbvio, pelo Regimento, que só existe a
possibilidade de pedir uma verificação de votação enquanto está sendo votado
aquele Projeto; uma vez votado, proclamado o resultado, não cabe mais
verificação de votação, é matéria vencida. Se as notas demonstram que já está
se tratando de um segundo Projeto, já foi proclamado o resultado pelo
Presidente da Sessão, descabe pedir verificação de votação. Vale, se houver uma
diferença de três votos ou menos, pedir uma renovação de votação, se for esse o
caso.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Não é o caso.
Obrigado pela sua ajuda.
A SRA. MARGARETE MORAES (Questão de Ordem): No art. 176,
parágrafo 2º, diz o seguinte, gostaria que o senhor cumprisse o Regimento, Ver.
Dr. Goulart (Lê.): “Não será permitido votar, nem retificar o voto, após a
divulgação do resultado da votação pelo Presidente”.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Isso é de
votação nominal, Excelência. V. Exª falou sobre votação nominal, que não é o
caso. Por isso, infelizmente, não posso atender.
VERIFICAÇÃO
DE VOTAÇÃO
PROC. N. 3260/05 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N. 163/05, de
autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que determina a publicação semestral dos
dados referentes aos Cargos em Comissão do Executivo Municipal de Porto Alegre no DOPA, na última semana
de junho e dezembro de cada ano.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Odone: pela existência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 03-05-06.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Senhores e
senhoras, obedecendo ao Parecer que pedi, de pronto, de plano, solicito a
verificação da votação do PLL nº 163/05.
A SRA. MARGARETE MORAES: Eu lhe fiz uma
questão e agora eu quero fazer formalmente: se tem discussão, já que vamos
votar novamente, eu quero solicitar a discussão normal e depois o
encaminhamento. Eu não estou discutindo ainda.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Por já estar em
votação, só cabe encaminhamento. Era isso?
O SR. LUIZ BRAZ
(Questão de Ordem): Eu acredito, Sr.
Presidente, que, na verificação de votação, nem mesmo os encaminhamentos; na
verificação, só a votação. O Regimento não fala que nós podemos ter novos
encaminhamentos; a verificação é apenas para votar.
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Está certo.
O SR. MARIO FRAGA: Eu ia perguntar se já havia encaminhamento. Eu acho que naquele momento
já aconteceu o encaminhamento.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Srs. Vereadores, para que não haja mais dúvidas, porque nós precisamos
trabalhar bastante, eu dei a oportunidade para a Vereadora encaminhar como
autora do Projeto. Discussão não existe neste momento. Se a gente puder
facilitar o encaminhamento...
A
Verª Margarete Moraes está com a palavra para encaminhar a votação do PLL n.°
163/05.
(Alguns
Vereadores se dirigem ao microfone de apartes.)
A SRA. MARGARETE MORAES: Dr. Goulart, o senhor tenha uma palavra só, por favor! O senhor está
sendo desmoralizado, o senhor acabou de dar o encaminhamento!
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Verª Margarete, não use palavras fortes com este Presidente, que tanto
tem se preocupado em respeitá-los. Se a senhora está falando, se estão falando,
é pelo respeito que tenho pela opinião dos Vereadores. Não diga que eu estou
sendo desmoralizado, porque eu não estou sendo desmoralizado!
A SRA. MARGARETE MORAES: Eu quero que o senhor cumpra o Regimento, isso é um direito de cada
Vereador e é um dever seu. É isso, e eu vou exigir sempre.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Sim, e eu vou cumprir o Regimento, conforme estou sendo socorrido pelos
entes técnicos. O ente técnico me dá o Parecer, eu abstraio e passo para os
senhores como deve ser. Espero que não se tumultue esta última reunião!
A SRA. MARGARETE MORAES: Dr. Goulart, o senhor disse que ia me dar o encaminhamento. Aí pediram
uma Questão de Ordem. Foi em relação a eles que eu me manifestei, porque o
senhor tinha dado a palavra. E eu disse que a sua palavra é a sua palavra. Eles
fizeram uma tentativa de desmoralizar Vossa Excelência.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): E eu disse que tinha garantido o seu encaminhamento.
A SRA. MARGARETE MORAES: Obrigada. Sr. Presidente, Dr. Goulart...
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A Vereadora começou o encaminhamento, não cabe falar agora. Depois eu
permito que Vossa Excelência fale. Em encaminhamento, não cabe aparte.
A SRA. MARGARETE MORAES: Foi com o
intuito de aprimorar as instituições democráticas em um País, Ver. Bernardino,
como o nosso, onde a democracia ainda é bastante frágil, nós reconhecemos isso,
que fiz um Projeto de Resolução para esta Casa que trabalhava com os princípios
da Administração Pública. E eu tenho certeza de que todos os instrumentos para
garantir, Ver. Sebastião, para valorizar os princípios da Administração
Pública, quais sejam, de transparência, de publicidade, de lisura, de ética, de
economicidade, devam ser utilizados. Eles valorizam a nossa democracia.
Considerando que neste mundo em que vivemos existem os meios eletrônicos que
nos conectam com o mundo todo no mesmo momento, eu fiz este Projeto de
Resolução, aprovado por unanimidade nesta Casa. E já valeu para o primeiro
semestre que a Presidência desta Casa divulgasse no site da Câmara o
nome de todos os funcionários, todos os Cargos de Confiança, com o nome da
pessoa, o cargo que ocupa e onde está lotado. Isso foi aprovado! Então eu estou
cobrando coerência desta Casa.
Agora, eu quero aprimorar o mesmo Projeto para a
Prefeitura de Porto Alegre. Então estou propondo que a Prefeitura de Porto
Alegre – apenas isso, é tão singelo –, uma vez por semestre, divulgue, no site
oficial da Prefeitura, no Diário Oficial de Porto Alegre, os nomes dos Cargos
de Confiança, dos Cargos em Comissão, onde estão lotados. Exatamente isso. Nada
mais tranqüilo, mais singelo! O Prefeito Fogaça não viu nenhum problema nesse
Projeto. Aprovou-o, conversou com a Líder do Governo, e eu acho que nem poderia
ser diferente por parte de um Prefeito. Agora, então, aconteceu toda essa
celeuma na votação, porque um Vereador da CCJ, o Ver. Paulo Odone,
posicionou-se contra. E aqui eu quero questionar, com todo o respeito, Ver.
Paulo Odone, a CCJ deste ano, pois muitos projetos e processos não valorizam a
Procuradoria desta Casa, pela falta de coerência, porque, às vezes, dependendo
do parecerista, Ver. Ibsen, há óbice; às vezes, não há óbice na mesma situação,
na mesma frase, dependendo do Vereador!
Fiz um Projeto - trovas do lotação - e o Ver.
Valdir Caetano, com todo o seu conhecimento jurídico, viu óbice em um Parecer
questionável, um Parecer sofrível! Ele fez um Parecer medíocre, e a CCJ
aprovou. Não tem assinatura do Paulo Odone, nem do Nereu, porque decerto não
estavam naquele momento. A CCJ aprovou. Eu recorri, e a CCJ aprovou de novo,
sem a assinatura deles. Quero fazer justiça.
Agora, foi aprovado
um Projeto do Ver. Márcio Bins Ely que diz que o Governo, em relação ao
Conselho Municipal da Juventude, em cinco artigos, dá atribuições, o que o
Governo tem que fazer, mas, para esse, não havia óbice. Agora foi aprovado pelo
Plenário, com alto mérito, o Projeto do Ver. Comassetto, que proíbe brinquedos,
em tamanho natural, com armas.
Então, eu quero que o
Plenário me ouça, com atenção, e quero fazer um apelo, ao invés de lamentar
essa posição da CCJ, Ver. Paulo Odone, que não tem nada de emocional, que é
racional, nós temos dois advogados na CCJ, o Ver. Paulo Odone e o Ver. Ibsen
Pinheiro, que vão deixar esta Casa, e para esses dois quero fazer o apelo -
para o Mario Fraga eu não quero fazer este apelo: nunca é tarde para aprender,
quero dizer que é possível mudar, que é possível ter grandeza e mudar, sabe?
Com certeza eles sairiam com outra impressão desta Casa.
Então, eu quero pedir
que os Vereadores aprovem este Projeto. Ele é singelo, é simples, não tem gasto
para o Município - que vai fazer apenas a sua obrigação de colocar o nome, o
cargo, e onde está lotado o Cargo de Confiança na Prefeitura. E isso o Prefeito
Fogaça não é contra; ele é a favor da Administração Pública, e assim
manifestou-se para mim a Verª Clênia, Líder do Governo, que o Prefeito Fogaça
se surpreendeu com a celeuma que este Projeto causou nesta Casa, como se o
Governo quisesse esconder, não sabe onde estão os seus CCs, não é essa a
posição dele. Portanto peço a aprovação deste Projeto aos Vereadores e
Vereadoras desta Casa. Muito obrigada, Dr. Goulart, por sua consideração.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Bom, senhores, darei algumas explicações que o
Plenário merece. Primeiro: verificação é feita sobre votação simbólica;
renovação é feita quando existem números, portanto, registrado naquele painel.
Bom, o que acontece? Ele pede verificação, porque foi simbólica, não diz em que
momento é, em que momento não é, por isso me socorri da Comissão de Justiça. E
mais, não diz se encaminha ou não. O que pensa o Presidente? Socorre-se da
votação, no momento em que coloco em votação, eu me socorro do genérico: votação.
E o que diz votação? Uma vez iniciada, antes de declarada a votação, quando vai
iniciar, se alguém pedir encaminhamento, por Bancada ou por Líder, pode ser
feito. Então, foi feita essa concessão, porque não existe equívoco, não existe
má-fé, não existe nenhum outro momento que não seja defender o Código que vocês me
elegeram para defender, que é o Estatuto que aqui está. Socorro-me das
Diretorias, socorro-me da CCJ e, se preciso for, da Drª Marion.
O Ver. Paulo Odone está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL n.º 163/05.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): No caso de
verificação de votação não há encaminhamentos.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Se chegar até
aqui, vou dizer que V. Exª tem razão.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Eu posso dizer
a V. Exª, com toda a tranqüilidade, que a votação, depois de iniciada, não pode
ser interrompida, V. Exª está agindo bem, não estou colocando dúvidas no
sentido de recorrer à Comissão de Justiça, mas iniciada... A votação foi
simbólica, é pedida verificação de votação, isso é imediato e sem
encaminhamentos. Não pode haver encaminhamentos. Houve erro no encaminhamento
da Verª Margarete Moraes.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Não diz isso
aqui no Regimento.
A SRA. SOFIA CAVEDON (Questão de Ordem): Serei muito
breve, com todo o respeito que devo ao Ver. João Antonio Dib, à sua
experiência, quero dizer que essa situação se caracterizou de excepcionalidade,
não é uma mera verificação de votação, porque ocorreu em tempo posterior já
durante a votação de um outro Projeto, e V. Exª está correto no seu
encaminhamento.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Paulo
Odone está com a palavra para encaminhar a votação do PLL n.º 163/05, uma vez
que a presidência declarou que, como não tinha havido encaminhamento, haverá
encaminhamento agora.
O SR. PAULO ODONE: Sr. Presidente,
eu não ia pedir encaminhamento porque também entendo que, como a renovação de
votação, a verificação não admite nem encaminhamento, nem discussão, como Vossa
Excelência... Eu vou esperar que o Ver. Luiz Braz termine a sua interlocução...
Sr. Presidente, eu vou pedir a contagem de tempo.
Sr. Presidente, eu também entendo que, assim
como na renovação de votação, na verificação ambas só podem se verificar após
ter havido uma votação, e foi o que aconteceu, uma votação não nominal e foi
pedida a verificação. Não há mais discussão e nem encaminhamento desse Projeto;
há simples votação. Vossa Excelência, pelo descontentamento da Bancada de
oposição, teve a condescendência de dar um tempo de encaminhamento à autora do
Projeto. Eu ia pedir uma Questão de Ordem, em face do que eu ouvi nesse
encaminhamento, porque também acho que não. Peço a V. Exª que nos dê o
tratamento... Que se ouça, pelo menos, alguém pelo lado dos que impugnaram. E
quem impugnou e pediu a verificação foi este Vereador, de braço levantado,
durante a votação da verificação. E por que fiz isso? Porque estava votando e
V. Exª disse: “Parecer contrário da lavra do Ver. Paulo Odone na CCJ”... E eu
quis ver, imediatamente, o que era; quando vi o que era, corri para lhe pedir a
verificação, e a Verª Clênia me interrompeu e o Ver. Mario pediu... Isso ficou
claro, nas notas taquigráficas, e a decisão de V. Exª, assim como o Parecer
majoritário da CCJ, claramente demonstraram isto: que não chegou a haver a
votação, não se apregoou a próxima e, portanto, é verificação, e verificação
não teria nem encaminhamento. Feito isso, digo, nos três minutos que me restam,
alguma coisa à ilustre Verª Margarete, a quem tenho muito respeito: acho que o
episódio não permitiria espalhar brasa, como se fez aqui, em cima de
Vereadores. Eu não admito que se pense, Vereadora, que eu, ou o Ver. Ibsen, ou
os outros companheiros meus tenham votado lá na Comissão, durante esses dois
anos - e eu me orgulho de ter a ela pertencido -, votado pelo nome do autor.
Pode ter passado, talvez, porque a Bancada do PT tem essa cultura deformada,
vota em bloco cegamente! Nós não olhamos o voto; nós olhamos um princípio nesta
Casa, que é o que agora estava se pretendendo desrespeitar com este Projeto,
que é invadir a competência dos outros, que é não respeitar a juridicidade, nem
a constitucionalidade! E, se não há regras jurídicas claras, não há processo
democrático; há autoritarismo, há prepotência! Há invasão na esfera de Poder
dos demais! Quero dizer que, quanto ao mérito do Projeto, nem estou contra! E
quero dizer que o Prefeito Fogaça tem todo o direito, se quiser, de mandar um
Projeto para esta Casa, amanhã, determinando que se faça de seis em seis meses,
ou de três em três meses isso! E até espero que o faça, para que não fiquem
dúvidas! Agora, o que eu não posso admitir é que nós venhamos a abrir uma
exceção para dizer: “Olhem, o Prefeito Fogaça pode legislar sobre a Câmara e
seus funcionários”! Ou: “Esta Câmara sobre os funcionários do Executivo e sobre
os atos do Executivo”! Isso, independente de quem seja o autor do Projeto, não
vai passar pela minha consciência jurídica! É para isso que eu estou na CCJ,
para garantir a V. Exª, aos 36 Vereadores, que eles terão garantida a sua competência,
que esta Casa será respeitada, que não vai haver invasão desta Casa no
Executivo e nem do Executivo aqui! É assim que se faz democracia! E é com este
respeito, e não jogando injustamente, como V. Exª, para a
minha decepção, fez, jogando em vários Vereadores desta Casa que votam pelo
Vereador que tem a iniciativa.
Olhe, V. Exª deveria
até retirar o que disse, aqui, porque um dos meus orgulhos é ter feito com que
a Comissão de Constituição e Justiça tenha sido, ao fim e ao cabo, entendida,
mesmo quando os Vereadores se frustraram por ter-se concluído pela inexistência
de tramitação. É para isso que existe Comissão de Constituição e Justiça! Ou
fechem a CCJ ou orgulhem-se dela neste Parlamento! É só por isso que eu vou
votar “não” a este Projeto, e o Prefeito Fogaça que mande um, com a sua
iniciativa - e ele tem competência -, igual, e eu votarei “sim”, também!
Pronto! É isso, Sr. Presidente! (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. IBSEN PINHEIRO (Questão de Ordem): Sr.
Presidente, eu acho que era uma Questão de Ordem que eu gostaria de interpor e
não um encaminhamento, que considero também descabido. Em todo o caso, valho-me
da liberalidade de V. Exª e também porque fui citado pessoalmente. Acho que a
regra do contraditório me ampara para dizer que tenho muitas concordâncias com
a posição da Verª Margarete Moraes. Em primeiro lugar, eu acho bom o seu
Projeto, parece que o Prefeito também o acha bom, mas nós temos uma regra: a
iniciativa para legislar sobre os servidores do Poder Executivo é do Prefeito
Municipal, e essa é uma regra constitucional, da Constituição Federal, da
Estadual, e da Lei Orgânica! O Projeto relativo a esta Casa tinha origem
legítima; já o Projeto relativo aos servidores municipais do Poder Executivo
não tem origem legítima. Concordo com a Vereadora no sentido de que o Projeto é
bom. Posso concordar com V. Exª que a Comissão de Justiça faz pareceres
medíocres; provavelmente isso ocorre muito com o Presidente da Comissão de Justiça,
mas divirjo, contesto, desafio a Verª Margarete Moraes e consulto os outros 35
Vereadores a acharem um voto, um só que implique discrepância em matéria
jurídica, salvo duas exceções regimentais: o art. 81, que traz para este
Plenário matéria sem parecer da Comissão de Justiça, e a outra exceção, o voto
divergente. O voto divergente, porque ao arquivo só se destinam as matérias que
têm a rejeição unânime da Comissão de Justiça, em grau de recurso do Vereador
atingido. Eu desafio a Verª Margarete Moraes e também qualquer Vereador a
encontrarem, não um parecer equivocado, pois encontrarão muitos, medíocres,
talvez até a maioria; agora, discrepância no tratamento jurídico pela origem
partidária, se fosse assim eu não me incomodaria tanto com o Ver. Bernardino
Vendruscolo como tenho me incomodado, pelos pareceres de muitos dos seus
Projetos e de todos os Vereadores desta Casa. Cuidamos da iniciativa, cuidamos
dos Projetos Autorizativos e matéria que não pertence à competência desta Casa.
Cuidamos da iniciativa, cuidamos da legalidade. Erramos e acertamos, mas nunca,
nunca houve uma decisão coletiva da Comissão, por qualquer orientação
partidária, ressalvado o direito de um Vereador dar o voto divergente com a
intenção de trazer ao Plenário! Essa é uma decisão política de cada Vereador, e
qualquer Vereador que fizer isso estará no seu direito político de fazê-lo, mas
isso não se confundirá com a orientação jurídica de encomenda, conforme a
autoria. Não há nenhum caso, rigorosamente nenhum.
Por último, Sr. Presidente, quanto ao mérito da
decisão que V. Exª decidiu, eu votei com restrições porque não acolhi todas as
razões de direito do Relator Nereu D’Avila, mas acolhi, sim, a matéria de fato.
Vossa Excelência não conseguiu proclamar, não conseguiu apregoar a matéria
seguinte, V. Exª foi interrompido pela Verª Clênia, pelo Ver. Paulo Odone e,
depois, pelo Ver. Mario Fraga. Então, não tendo havido...
(Aparte anti-regimental.)
O SR. IBSEN PINHEIRO: Olhe, Ver.
Sofia, consulte os autos e ali está a apregoação reproduzida e interrompida! A
apregoação da matéria seguinte, pelo Ver. Goulart, foi interrompida pela Verª
Clênia Maranhão.
Então, essa matéria, de fato, justificou a
posição do Relator Ver. Nereu D'Avila, e a decisão final de V. Exª.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Ibsen Pinheiro pediu uma Questão de
Ordem, e o Presidente considerou sua intervenção como encaminhamento da votação
do Projeto. Portanto, vai considerar a manifestação da Bancada do PMDB como
encaminhamento, porque foi muito longo. Portanto, não foi uma Questão de Ordem.
O SR. LUIZ BRAZ
(Questão de Ordem): Sei que este Vereador não é tão sábio quanto os
Vereadores que me antecederam, e por isso mesmo V. Exª concedeu tempo para eles
e não concedeu para este Vereador naquele momento. Mas apenas para dizer que,
como sempre tentei acompanhar V. Exª nas suas decisões, e V. Exª fez uma
excelente Presidência durante este ano, neste momento, quando V. Exª consente
encaminhamentos para esta verificação de votação, acredito que não podemos
transformar isso numa jurisprudência da Casa, porque aí estaríamos cometendo um
erro que prejudicaria os futuros trabalhos.
Para termos uma verificação de votação,
Vereador-Presidente, nós temos que ter tido uma votação simbólica
anteriormente, e antes da votação simbólica são os encaminhamentos. Se ninguém
quis encaminhar antes da votação simbólica, foi problema das Bancadas e dos
Vereadores que assim não o desejaram fazer. Após a votação simbólica, só cabe,
realmente, a verificação de votação sem os encaminhamentos, mas sei que V. Exª,
para ser generoso, neste momento, está ofendendo o Regimento.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Os Vereadores têm de falar sem muita ansiedade
para que eu possa ir respondendo aos poucos. Vereador, até o fim da Sessão, eu
aguardo o local no Regimento em que diz que não pode encaminhar depois da
verificação, como vários Vereadores disseram de sua visão jurídica. Eu quero
ver, no Regimento, onde está escrito isso, para ler em alto e bom tom para
todos.
A SRA. SOFIA
CAVEDON (Questão de Ordem): Vereador, apenas para registrar a discordância em relação à afirmação do Ver.
Ibsen, que disse que ele estava, naquele momento, faltando com a verdade. Vossa
Excelência foi interrompido? Não. Apenas pela Verª Clênia, em função do novo
Projeto, em que a Vereadora solicitava adiamento de votação. Obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do
PLL nº 163/05.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, o que está
faltando é ordem na questão. Eu alertei V. Exª e o Ver. Paulo Odone repetiu o
que eu disse: a verificação de votação não tem encaminhamento. O artigo nº 172
do Regimento diz que iniciada a votação, ela só poderá ser interrompida por
algo excepcional, a critério do Presidente. E o que nós estamos fazendo? Nós
fizemos uma votação simbólica e estamos fazendo a verificação da votação. Não
há o que encaminhar e nós estamos é perdendo tempo. Por isso que eu disse: é
ordem na questão e não Questão de Ordem. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, nada melhor do que o senhor e os trabalhos que o senhor
conduz. O Requerimento é para que V. Exª leia, na página três das notas
taquigráficas, o que aconteceu na votação desse Processo que está em sua
frente. Este é o Requerimento que faço a V. Exª para dirimir dúvidas aqui,
porque vem um e defende de uma forma, e as notas taquigráficas estão aí.
(Tumulto no plenário.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.Goulart): Srs. Vereadores, os senhores não pretendem partir para a irregularidade,
a ponto de eu ter que suspender esta Sessão. Por favor, senhores! Fui
concedente, fui democrata, fui liberal, como disse o Ver. Odone aqui, sempre
para atender a melhor discussão política de todos os fatos que traziam dúvidas
em suas cabeças, que traziam dúvida em minha cabeça. Sempre, jamais fugi do
Regulamento. Os senhores não tumultuem, por favor, porque em outros Parlamentos
eu tenho visto isso. Aqui, eu peço para os senhores que me socorram, que me
ajudem e não inflacionem toda essa tensão que lhe está sendo trazida à mente
agora. (Palmas.)
Estão suspensos os
trabalhos para que eu possa reconduzir os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 18h32min.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart – às 18h33min): Estão reabertos
os trabalhos.
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL n° 163/05.
O SR. ADELI SELL: Sr.
Presidente, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, faço este
encaminhamento. Queria chamar a atenção do nobre Ver. Paulo Odone, que vem
aqui, aos gritos, reclamar que a Bancada do PT vota em bloco. Ver. Paulo Odone,
isso é um problema da Bancada do PT, V. Exª cuide da sua Bancada que essa
semana perdeu um Vereador. E não é com grito, não é com grito que o senhor vai
provar alguma coisa para nós. Talvez o senhor saia antes, desta Casa, que eu
possa pegar todos os processos da Comissão de Constituição e Justiça, e lhe
mostrar, vou escrever e divulgar, aqui, entre os Vereadores, pareceres
divergentes da CCJ. Os senhores aprovaram, na CCJ, com o seu voto, Ver. Paulo
Odone, processos, Projetos Autorizativos. Não venha aqui se galantear. Eu tenho
provas, tenho provas! Vim aqui e reclamei várias vezes. Todas as vezes que tive
um processo meu contestado, eu fui verificar, porque, se eu não tenho assessor
jurídico no meu gabinete, eu conheço doutos procuradores deste Estado, eu
conheço juízes, eu conheço promotores que entendem de leis muito bem, e muitas
vezes eu fui ao encontro dessas pessoas, para fazer contestações aos seus óbices.
A Comissão de Constituição e Justiça, nesse último ano - não sou eu apenas que
reclamo -, teve várias vezes contestação do Ver. João Dib, que é engenheiro;
não é advogado. Eu sou pessoa de letras, de literatura, mas imbecil eu não sou.
Eu fui eleito para ser Vereador, eu faço consultas, eu tenho assessoria. E tem
mais, nós temos uma Bancada e nos orgulhamos dessa Bancada, que discute, que
diverge, que toma posições, que vota junto, fazendo declaração de voto, quando
há divergência entre as pessoas. Isso é democracia, é assim que a gente tem que
fazer. Agora, no grito, vir aqui xingar, ter autoridade, porque é advogado,
porque se elegeu Deputado, seja lá o que for, com o PT, conosco, não! Aqui tem
democracia, aqui tem voto, aqui cada voto, dos 36, tem o mesmo valor. Então,
devagar com o andor, porque eu vou mostrar para as senhoras e para os senhores
que a CCJ, nesse último período, teve posições completamente antagônicas. E não
sou apenas eu que me queixo, não é apenas a Verª Margarete Moraes, vários dos nossos
Vereadores tiveram projetos com posições contrárias, com óbice, enquanto outros
projetos da Bancada de sustentação do Governo foram aprovados. Eu vou mostrar,
digo aqui para todos os telespectadores da TVCâmara, que há assinatura do Ver.
Paulo Odone, há Parecer do Ver. Paulo Odone de matérias que são indicativas,
que são matérias autorizativas, com posições antagônicas. Devagar, pois no
grito ninguém vai ganhar nada aqui.
Nós queremos voltar a votar este Projeto. E tem
mais, não tem óbice legal. Nós não estamos tratando da questão funcional, nós
estamos tratando da questão da transparência. Portanto, é outra leitura. Sobre
a transparência, sobre os atos do Governo nós podemos legislar. A Verª
Margarete Moraes tem razão, porque ela não está se imiscuindo na questão
administrativa, não está determinando que se faça isso ou aquilo sobre os seus
servidores. A Vereadora apenas fez um Projeto de Lei porque ela quer
transparência. Mas, se não aprovarem, não tem problema, no ano que vem a gente
faz Pedido de Informação. Se não responderem em 30 dias, iremos ao Ministério
Público. Nós não fomos este ano ao Ministério Público por falta de retorno de
Pedido de Informação, mas eu aviso à Bancada da situação: nós vamos ao
Ministério Público e vocês, os senhores e as senhoras, responderão. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A Verª Neuza
Canabarro está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 163/05.
A SRA. NEUZA CANABARRO: Exmo Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, Verª Margarete Moraes, no dia da votação, quando eu
acompanhava o seu Projeto, eu me surpreendi quando vi toda a base do Governo
votar favoravelmente e fui favorável. Como eu tenho uma formação de inspetora,
a fiscalização sempre é o foco maior. E aqui na Câmara de Vereadores a nossa
função principal é a fiscalização, é a transparência. Só que hoje, após tanta
polêmica, eu fui fazer aquilo que o Ver. Adeli Sell faz: estudar. E cheguei à
conclusão de que estamos equivocados. Veja bem, o
Poder Legislativo local é exercido pela Câmara, que tem a função de legislar e
fiscalizar, fazer a fiscalização financeira e controle externo do Executivo, o
julgamento político-administrativo, desempenhando ainda as atribuições que lhe
são próprias, atinentes à gestão de assuntos de sua economia interna. As
funções de fiscalização financeira consistem no exercício do controle da
administração local, principalmente quanto à execução orçamentária, ao
julgamento das contas apresentadas pelo Prefeito, integradas, estas, àquelas da
própria Câmara mediante o auxílio do Tribunal de Contas do Estado. As funções
de controle externo implicam na vigilância dos negócios do Executivo em geral,
sob o prisma da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade,
eficiência e da ética político-administrativa, com a tomada das medidas
saneadoras que se fizerem necessárias. Portanto, não cabe, na função
fiscalizadora, a esta Câmara, a parte administrativa. Quanto aos Cargos de
Confiança, o Executivo tem a liberdade, e não cabe a nós fiscalizar onde ele
coloca, para quem e em que tempo. Então, não podemos, e vamos votar - a Bancada
do PDT - contra o seu Projeto, porque ele é ilegal, não está nas nossas
atribuições incluídas na fiscalização.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Obrigado, Vereadora. Digo ao Ver. Carlos Comassetto
que nossa assessoria está estudando e, em seguida, dou a resposta a V. Exª.
O Ver. Claudio
Sebenelo está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 163/05.
O SR. CLAUDIO
SEBENELO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, talvez todos nós, Vereadores, que
ocupamos esta tribuna - muitas vezes empolgados, muitas vezes entusiasmados,
muitas vezes indignados, revoltados -, tenhamos que alterar a voz nos
pronunciamentos de melhor colocação, num debate com respeito e sem agressões. O
Ver. Paulo Odone falou inicialmente pela Comissão de Justiça, e depois, então,
em encaminhamento, o Ver. Ibsen Pinheiro falou que não há... E ele desafia os
35 Vereadores a que tragam uma manifestação da Comissão de Constituição e
Justiça que seja marcada pela partidarização, pelo processo de contaminação
ideológica que não tivesse o amparo jurídico adequado e, muitas vezes, até pela
sua dignidade, pela sua postura, reconheceu que pode haver erros. Todos nós
somos humanos, mas parece que todos nós somos deuses, que temos formação em
Coimbra, lentes fantásticas da Bancada do Partido dos Trabalhadores, que vêm
dizer aqui uma porção de coisas, e, depois, certamente, terão de provar.
Qualquer coisa relacionada com o Ministério Público, nós podemos ir ao
Ministério Público, porque teremos muito prazer, muitas vezes, de ir a esse
órgão. Isso não nos afronta, isso não nos amedronta, isso não nos ameaça. E a
bravata, a ameaça, nós sabemos de onde ela parte. Sempre foi assim.
Por outro lado - eu,
que tenho o maior apreço pela Verª Margarete -, pediria que ela retirasse as
palavras quando disse que os colegas Vereadores dão pareceres medíocres. Mas
meu Deus do céu, quantas vezes eu fui medíocre! Quantas vezes eu errei! Quantas
vezes eu fui inadequado! Nós somos seres humanos, está cheio de super-homens e
de supermulheres, aqui, que não vão passar em julgado. Agora, temos que ter a
compreensão e temos que ter, principalmente, a delicadeza com os colegas e
saber que temos colegas aqui de alto nível intelectual e outros colegas que não
têm essa felicidade. Mas nós podemos perfeitamente, num convívio sem nenhum
preconceito, dizer a esses colegas que muitas vezes nós temos que ser solidários
e tentar ajudar, porque a pior coisa que pode haver é tentar diminuir um
companheiro, um colega. Essa forma de nivelar por baixo não é boa conselheira,
não. A boa conselheira, talvez, quem sabe, seja o bom-senso de dar a mão, de
puxar para cima e ver que muitas vezes é necessário, inclusive, temperança para
que as pessoas possam convencer os outros Vereadores de que o seu Projeto é
bom, e, quem sabe, dessa forma, por ser um Projeto de interesse da população,
ele tenha toda a sua aprovação. Agora, no momento em que principalmente a
arrogância e a incompreensão são a tônica do discurso, certamente nós não vamos
conseguir isso, até porque se desencadeou esse processo sem nenhuma
necessidade. E por não ser corregedor e por não ser a pessoa indicada para corrigir
uma situação dessas, porque eu também tenho defeitos de tal ordem, e, muitas
vezes, eu errei, Sr. Presidente, eu acho que nós temos que fazer, muitas vezes,
um pedido de temperança e um pedido de serenidade para que nós possamos
entender que estamos aqui em nome de um povo e não em nome de cada uma de
nossas pessoas ou em nome de um Partido só. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, o PLL nº 163/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO por
10 votos SIM e 15 votos NÃO.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: (Lê.) “Declaração de Voto: o Projeto havia sido
aprovado simbolicamente pela unanimidade dos presentes. Nesta verificação,
repeti o meu voto, por coerência e até mesmo porque transparência não faz mal a
ninguém. Penso ter colocado ordem na questão. Saúde e PAZ! João Antonio Dib,
Líder do PP”.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: (Lê.) “Declaração de Voto: A Bancada do PT votou
favorável por manter exatamente a mesma votação que houve, conforme as notas
taquigráficas. Palavras do Sr. Presidente, Dr. Goulart: ‘Em discussão o PLL nº
163/05. Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO. Em discussão o PLL
nº 018/05. ’Por esta razão, mantemos o mesmo voto da votação anterior”.
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Obrigado. Solicito ao Ver. Dib e ao Ver.
Comassetto que, depois, encaminhem as suas Declarações à Mesa.
A Declaração do Ver. Dib já chegou, então eu solicito
que o Ver. Comassetto encaminhe, depois, a sua Declaração para a Direção
Legislativa.
Estão suspensos os trabalhos para uma reunião de
Lideranças.
(Suspendem-se os trabalhos às 18h52min.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart – às 18h53min): Estão reabertos os trabalhos.
Segundo entendimento com as Lideranças, votaremos o PLCL nº 023/06, de autoria do Ver. Alceu Brasinha.
(Aparte anti-regimental da Verª Clênia
Maranhão.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Não, o Substitutivo é que é de autoria do Ver.
Nedel. (Pausa.)
Um minuto, vamos considerar a intervenção do
Ver. Brasinha. (Pausa.)
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. N. 4412/06 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 023/06, de autoria do Ver. Alceu Brasinha, que
altera a redação do § 2º do art. 1º e do inciso I do art. 2º da Lei
Complementar nº 555, de 13 de julho de 2006, que proíbe o uso de produtos
fumígenos em recintos coletivos e em recintos de trabalho coletivo, exceto para
as áreas destinadas exclusivamente a esse fim, desde que devidamente isoladas e
com arejamento conveniente, excluindo do conceito de recinto coletivo os locais
com área de atendimento inferior a 40m² (quarenta metros quadrados) e os locais
abertos ou ao ar livre. Com Substitutivo nº 01 (Ver. João Carlos Nedel).
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela existência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Substitutivo n. 01.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82,
§
1º, I, da LOM.
- incluído na
Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em
11-12-06.
O SR. PRESIDENTE
(Dr. Goulart): Recebemos Requerimento do Ver. Alceu Brasinha que pede o
adiamento da discussão do PLCL nº 023/06 e do Substitutivo nº 01 por duas
Sessões. Em votação o Requerimento do
Ver. Alceu Brasinha que pede o adiamento da discussão do PLCL nº 023/06 e do
Substitutivo nº 01 por duas Sessões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.)
O Ver. Alceu Brasinha retira o Requerimento.
O SR. ALCEU BRASINHA (Requerimento): Solicito o
adiamento da discussão do PLCL nº 023/06 por uma Sessão.
O SR. DR. GOULART: O Ver. Alceu
Brasinha retira o Requerimento.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Requerimento): Solicito
verificação de quórum.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Visivelmente
não temos os 19 Vereadores....
Um dos Vereadores mais cuidadosos solicita
verificação de quórum, pelo painel eletrônico.
Neste momento, enquanto está acontecendo a
verificação, eu queria agradecer aos Vereadores que acolheram o pedido deste
Presidente para que se mantivesse a ordem neste Plenário. O Presidente está
agradecido aos seus colegas por ter podido conduzir dentro da ordem e do
cuidado aquilo que nos foi legado, que é representar o povo de Porto Alegre.
Muito obrigado, Srs. Vereadores.
Há quórum para discussões, não há quórum para
votação.
Em discussão o PLCL nº 023/06 e o Substitutivo
nº 01. (Pausa.)
O SR. ALCEU BRASINHA (Requerimento): Sr.
Presidente, solicito verificação de quórum.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Nova
verificação de quórum solicitada pelo Ver. Alceu Brasinha. A verificação de quórum
pode ser solicitada a qualquer momento por qualquer Vereador, de maneira que
não reclamem, senhores; não reclamem. Cumpramos o Regulamento.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Sr. Presidente,
nós estávamos na Ordem do Dia quando foi solicitada a verificação de quórum.
Não havia quórum, então, encerra-se a Ordem do Dia.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Não, para
discussão havia. Não havia para votação.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Não estava
nada em discussão?
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Já houve o
Parecer da CCJ recentemente sobre esta matéria.
De acordo, Ver. Ibsen Pinheiro?
Visivelmente o Presidente percebe que não há
quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 18h59min.)
* * * * *